O dia amadureceu antes do tempo e o sol tratou de arregalar seu olho sobre a vila que, na verdade, gostaria de continuar adormecida por mais algum tempo. Diante disso, nada mais restava à aldeia a não ser desembrulhar-se de sua cambraia branca, guardar o travesseiro e deixar a luz atravessar aquela madrugada que se apresentava alegre e fagueira. Tudo ao redor conspirava em favor da felicidade: as borboletas pareciam mais leves e coloridas. Os pássaros, em coral, entoavam a canção da Paz. Até o vento passeava na velocidade ideal do clima bom. Todos riam e dançavam. Festa. A liberdade morava por ali. Todos viviam alegres naquele lugar onde os homens e mulheres eram todos sérios e honestos, por isso felizes. Só havia sonhos bons. Bem longe daqui.