vem e tá chegando …
embrulhado num pingo de chuva,
amarrado numa bula de remédio,
‘apregado’ no suor do matuto …
vem, chega já, já
no fumacê do cigarro,
no pincinês do ‘ ceguim’,
no vidro de merthiolate no fundo da bolsa …
vem, eu já tô vendo
escondido na pestana de uma puta,
‘amontado’ na boléia de uma mula,
no algodão de um cotonete …
vem, e já chegou
chegou das bandas de lá,
e não me pergunte o que é …
eu sei mas não digo!