Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão quarta, 13 de fevereiro de 2019

MUSEU NACIONAL RESSURGE

 

Museu Nacional abre as portas pela primeira vez após incêndio

Imprensa acompanhou trabalhos de arqueologia da equipe de resgate em meio aos escombros deixados pelo fogo

Roberta Jansen, O Estado de S.Paulo

 

 
Museu Nacional
 
Museu Nacional foi destruído por incêndio em setembro de 2018 Foto: Wilton Junior/Estadão

RIO - O meteorito Bendegó segue incólume no hall de entrada do Museu Nacional, a despeito de toda a destruição a sua volta. Com 4,56 bilhões de anos, a rocha espacial, claro, sobreviveu ao incêndio que destruiu a instituição em setembro do ano passado. Hoje, é o símbolo maior dos trabalhos de reconstrução do prédio e da resiliência da ciência no País.

Oriundo de uma região do Sistema Solar entre os planetas Marte e Júpiter, o meteorito viajou até Monte Santo, no sertão da Bahia, onde foi achado em 1784. O transporte da rocha de 5,36 toneladas para o Rio de Janeiro no século XIX foi algo muito próximo de uma epopeia espacial. É uma das peças mais antigas da coleção do museu, onde está desde 1888, e, segue sendo uma espécie de âncora do acervo que vem sendo recuperado em meio aos escombros deixados pelo fogo.

 
Museu Nacional abre as portas pela primeira vez depois do incêndio 

Nesta terça-feira, a direção do museu abriu as portas à imprensa pela primeira vez desde o incêndio, que acompanhou, durante toda a manhã, os trabalhos de arqueologia da equipe de resgate em meio aos escombros deixados pelo fogo. É um trabalho meticuloso, delicado, e, sobretudo, de muita paciência.

O trabalho que está sendo concluído este mês é o de estabilização do prédio, que perdeu teto, muitas paredes e vários andares. O escoramento permite, agora, que as pessoas andem dentro do prédio, trabalhando no resgate arqueológico. Até o fim de março, será instalada uma cobertura provisória do prédio, cujo objetivo é proteger as peças que ainda estão por ser resgatadas.

 

Museu Nacional
Meteorito Bendegó sobreviveu às chamas e virou símbolo da resistência do Museu Foto: Wilton Junior/Estadão

"Assim que todo o trabalho de estabilização estiver concluído e a cobertura pronta, vamos focar o trabalho nas áreas que precisam de escavação sistemática", explicou a arqueóloga Cláudia Carvalho, líder da equipe de resgate. "É um trabalho delicado, a gente identifica um objeto, analisa a situação, determina uma estratégia de abordagem; o material vai para a área de triagem, recebe um número de registro e, dependendo da situação, vai para o laboratório, para limpeza e armazenamento, até podermos fazer um inventário mais detalhado."

  

 

 

Cláudia contou que já foram feitos dois mil registros de peças achadas dentro do museu. "A maioria é de objetos que, por sua natureza, são mais resistentes, como cerâmicas, rochas, minerais, fósseis", disse.

Mas esse trabalho ainda é muito superficial. Trata-se apenas de registrar o achado e guardar, basicamente. Somente num segundo momento, haverá uma avaliação mais aprofundada do que pode ser resgatado em termos de porcentual do acervo original.

Uma exposição - ainda sem data para acontecer - será aberta ao público para exibir, justamente, esse trabalho de resgate e as peças já encontradas.

Já se sabe que parte significativa do crânio de Luzia - o fóssil mais antigo das Américas, com cerca de 11 mil anos - foi resgatado. E que o Bendegó seguirá impávido em seu lugar na entrada do museu, saudando o público ainda por muitos anos.

Correções
 

O nome do meteorito é "Bendegó"; antes estava escrito "Bendengó" na matéria


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