MORRO DA CAPELINHA: CENAS DE FÉ E DEVOÇÃO
Seja rezando sozinho, seja subindo de joelhos para agradecer uma graça, seja se espremendo na multidão para acompanhar o espetáculo, milhares de católicos se reúnem todo ano no Morro da Capelinha em função da Paixão de Cristo
Publicação: 20/04/2019 04:00
Considerada patrimônio cultural imaterial do Distrito Federal e a maior encenação religiosa do Brasil, a via-sacra do Morro da Capelinha manteve ontem a tradição de mexer com a emoção das dezenas de milhares de fiéis que se acotovelavam, sob sol e chuva, para não perder nenhum momento da encenação da Paixão de Cristo, encenada ao longo de um trajeto de 1,5 quilômetro de extensão.
Em sua 46ª edição, o espetáculo foi realizado graças à dedicação de cerca de 1,6 mil voluntários, entre eles 900 atores que se prepararam por meses para a Semana Santa. Pessoas comuns, que trabalharam movidos apenas pela fé e devoção.
Mas, a cada sexta-feira da Paixão, o Morro da Capelinha não é tomado apenas por espectadores ansiosos para lembrar os últimos momentos de Jesus Cristo e celebrar a sua ressurreição. O ponto mais alto de Planaltina, a mais antiga cidade do DF, é tomado por católicos de todos os cantos da capital e de cidades do Entorno nas primeiras horas do dia. Uma gente que acorda cedo para pedir, agradecer ou simplesmente rezar em paz.