Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quarta, 16 de janeiro de 2019

MORRE A SOCIALITE GISELLA AMARAL

 

Morre a socialite Gisella Amaral, aos 78 anos

Um dos maiores nomes da sociedade carioca, ela lutava contra o câncer desde 2003
 
 
Gisella Amaral, em 2013 Foto: Fábio Seixo / Agência O Globo
Gisella Amaral, em 2013 Foto: Fábio Seixo / Agência O Globo
 
 
 

Morreu na tarde desta terça-feira, Gisella Amaral, um dos maiores nomes da sociedade carioca. Internada desde sábado no Hospital Pró-Cardíaco, ela lutava contra o câncer desde 2003. Apesar da doença, ela nunca perdeu a fé e a alegria de viver.

Dona de uma agenda de telefones poderosa, em 2013, Gisella convenceu amigas da alta sociedade a hospedar de peregrinos a bispos durante a Jornada Mundial da Juventude, além de ter conseguido 18 helicópteros emprestados para o transporte de cardeais. Mesmo diante da devoção católica e do envolvimento em causas sociais, ela não tinha nada de carola. Gostava de dizer que não é preciso estar ajoelhada na igreja ou falar de Jesus o tempo todo para demonstrar fé. Tratava da mesma forma do porteiro ao Presidente da República. Sempre animada, chegava a ir a três eventos numa só noite, entre jantares, aniversários, lançamentos.
 
 
Gisella Amaral, aos 40 anos, com o mesmo corte de cabelo que usava até hoje Foto: Agência O Globo
Gisella Amaral, aos 40 anos, com o mesmo corte de cabelo que usava até hoje Foto: Agência O Globo

 Gisella não usava joias, além da aliança de casamento e um anel no dedo mindinho, com a imagem da Medalha Milagrosa, que ganhou de presente de uma amiga. Formada em Enfermagem, Gisella trabalhou como instrumentadora até a véspera do casamento com o empresário Ricardo Amaral. Nunca gostou de ser chamada de socialite. Dizia que era empresária social, já que trabalhava em prol de 39 entidades de filantropia. Uma delas é a Casa São Luiz para a Velhice, no Caju, onde esteve presente por mais de 40 anos. 

Gisela com o marido, Ricardo Amaral, no Copacabana Palace Foto: Agência O Globo
Gisela com o marido, Ricardo Amaral, no Copacabana Palace Foto: Agência O Globo

 Aos 41 anos, sofreu uma queda de cavalo em Itaparica, na Bahia, ficou em coma e teve de reaprender tudo na vida. Ela contava que só reconhecia filhos, marido e pai. Na década passada, enfrentou o câncer quatro vezes. Além da força e da fé na vida, a elegância de Gisella Amaral era outra de suas marcas registradas. Em 2016, pela primeira vez, posou como modelo para a grife Eva. Foi a musa da campanha de inverno da marca. Usava maxibijuterias e uma vasta cabeleira grisalha. Gostava de Guy Laroche, Givenchy e Gianfranco Ferré, mas usava tanto grifes quanto roupas compradas numa lojinha de bairro.

Uma das muitas mulheres que tinha Gisella como referência de estilo é a ex-modelo Luiza Brunet, que a conheceu no início dos anos 1980.

— Eu costumava ir regularmente ao Hippopotamus (boate carioca comandada por Ricardo Amaral nos anos 1980, frequentada pelas maiores personalidades do Brasil) , e a gente acabou criando uma amizade muito grande — relembra Luiza. — Ela sempre foi uma inspiração, era extraordinariamente elegante, tinha uma classe incrível. Compartilhar momentos com ela foi um presente para a vida toda. Ela me ensinou muito sobre generosidade, sobre ser pró-ativa e ter fé na vida.

A relações públicas Tânia Caldas, que relembra a personalidade solidária de Gisella, de quem foi amiga por 50 anos.

—  Ela era muito carinhosa e excelente amiga dos amigos. Foi uma grande companheira.

O professor de meditação transcendental  Kléber Tani credita a ela o seu sucesso.

— A gente se conheceu há 20 anos quando ela começou a praticar meditação transcendental. Gisella me inseriu na sociedade carioca, foi uma espécie de madrinha. Encarou a doença com muita elegância.

O produtor executivo Claudio Gomes descreve a amiga.

— Gisella foi uma das melhores pessoas que conheci na vida. Era desprovida de preconceito, caridosa de alma e tinha um excelente humor. Apagou-se uma luz na Terra e acendeu uma no céu.

Gisella deixa o marido, Ricardo Amaral, com quem estava casada há mais de 50 anos, os filhos, Rick e Bernardo, e três netas, Maria Júlia, Mariana e Maria Fernanda.

Gisella Amaral Foto: Fábio Seixo / Agência O Globo
Gisella Amaral Foto: Fábio Seixo / Agência O Globo

O velório será nesta quarta-feira, a partir das 11h, na Paróquia São José da Lagoa. Às 13h, será celebrada a missa de corpo presente. Gisella será cremada, às 16h, em uma cerimônia fechada para a família, no Caju.


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