13 de abril de 2020 | 15h 20
"Bombas na guerra-magia, Ninguém matava, ninguém morria, Nas trincheiras da alegria, O que explodia era o amor..."
Na história da música brasileira, prestígio artístico e sucesso popular são muitas vezes inconciliáveis. Basta dar um passo rumo ao segundo para perder o primeiro, com gente passando a torcer o nariz para o antigo prestigiado. Para sorte do Brasil, Moraes Moreira [1947-2020] conseguiu unir os dois atributos desde Os Novos Baianos e, principalmente, depois, quando deixou o conjunto hippie para uma carreira solo repleta de sucessos.
Em carnavais, festas juninas, rodas de samba, casas de forró e festivais de rock não havia quem ficasse indiferente ao ritmo e poesia do músico baiano e sua criação. Quando lançou o disco 'Mancha de dendê não sai', Moraes se definiu: "Se a mancha de dendê não sai é porque está na alma e isso me deixa à vontade para ir e voltar ao exterior, ou usar a tecnologia de som mais avançada, porque nada disso vai me tornar menos brasileiro ou menos baiano."
Relembre alguns momentos da carreira do cantor, compositor e instrumentista nas páginas do Estadão.