Sonia Racy
18 de novembro de 2021 | 04h05
“Não existe modelo plus size, existe modelo” – foi com essa frase que Rita Carreira se definiu. Há onze anos, ela estreou no universo fashion, mas não chegou às passarelas, fato que só aconteceu em 2017. Já em 2021, o cenário é diferente. “Fui convidada para fazer sete desfiles nessa SPFW”, conta Rita, que inclusive irá desfilar moda praia para Lenny Niemeyer, domingo, no Caminho Niemeyer no Museu MAC de Niterói.
“Hoje conseguimos ver grandes marcas abraçando a diversidade, ninguém é igual a ninguém, e precisamos cada vez mais incluir as pessoas de fato em todos os ambientes”.
Mas se a realidade das passarelas está mais inclusiva, a do varejo ainda não. Rita comenta que sente sim um ‘delay’ nesse sentido. “Às vezes, você olha o desfile de tal marca, super diverso, mas quando vai na loja, não encontra tamanhos maiores, e aí você pensa, cadê o discurso? Porque tem muita marca que só quer lacrar (fazer bonito nas redes sociais), né”, diz a mulher de 1,83 m que calça número 43.
“Os levantamentos mostram que mais de 50% da população brasileira está acima do peso”, ressalta a modelo. “Então, se for pensar, tem muita gente que não consegue se vestir direito”, lamenta, avisando que há um bônus para quem confeccionar para consumidoras plus size. “Somos muito fiéis. Quando encontramos uma marca que entende o nosso corpo, levamos a roupa de todas as cores e voltamos para comprar mais”. | SOFIA PATSCH