Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Violante Pimentel - Cenas do Caminho sexta, 14 de abril de 2023

“MEXERICOS DA CANDINHA” (CRÔNICA DA MADRE SUPERIORA VIOLANTE PIMENTEL, COLUNISTA DO ALMANAQUE RAIMUNDO FLORIANO)

 

“MEXERICOS DA CANDINHA”

Violante Pimentel

O modismo esteve sempre presente na nossa vida. Ele existe nos hábitos de alimentação, modelos de roupas e calçados, cortes e cores de cabelos, móveis e automóveis, e até nos remédios. Também existe nas palavras, gírias e costumes.

Assim como os políticos e o dólar, as palavras tem seus altos e baixos. Hoje, podem valer muito , mas, amanhã, podem não valer nada.

A palavra “mexerico”, tão em alta nos anos 60, teve sua baixa e foi substituída por “fofoca”.

“CANDINHA”, como era conhecida a maior mexeriqueira da TV e do rádio brasileiros dos anos 60, reinava absoluta do alto de sua caricatura de óculos gatinho, na “Revista do Rádio“. Não tinha concorrente.

Sua coluna, “MEXERICOS DA CANDINHA”, era tão famosa, que mereceu uma música cantada pelo “Rei”, Roberto Carlos, com o mesmo título.

Hoje em dia, os astros e estrelas do círculo dourado da TV estão pouco se lixando para os inúmeros mexericos semanais, que aparecem nas revistas especializadas, que, de certa forma, os mantém na mídia e até os protegem de qualquer escândalo maior. O troca-troca de maridos e até “maridas” (palavra inventada e que está na moda) não causa espanto a ninguém, na atual sociedade, tamanha a degeneração dos costumes.

As colunas sociais atuais não mais se preocupam se determinada atriz está de caso com seu galã. Assim que os dois aparecem de mãos dadas na noite, as colunas de mexericos de hoje já se encarregam de chamar o mesmo de “maridão”, não importando se aquele homem ou aquela mulher ainda divide a cama com o “ex” ou a “ex”. Tempos modernos…

Candinha era diferente. Quando dizia que “fulana estava ontem jantando com sicrano”, todos os leitores sabiam qual era a comida. E não era exatamente uma “pizza”.

A coluna de mexericos, assim como a crítica diz, é um subproduto da TV. O público gosta de descobrir que, por trás daquela carinha de anjo ou do famoso galã, alguma coisa de podre acontece. É como se, a cada semana, eles puxassem a máscara de alguém e expusessem sua verdadeira face.

E nesse campo, Candinha foi campeã.

Nos dias atuais, “MEXERICOS DA CANDINHA” deveria ser o nome de um programa de debates de uma certa emissora de TV, com seus intoleráveis comentaristas fanáticos, num debate contínuo onde a palavra-chave é o ex-Presidente Jair Messias Bolsonaro, 24 horas por dia. Nesta emissora de TV, cai como uma luva, o título “MEXERICOS DA CANDINHA”. Sistematicamente, o tema dos debates é a vida do ex-Presidente Bolsonaro, numa perseguição gritante e mesquinha.

Ontem à noite, numa das reprises costumeiras de um dos debates, um conhecido jornalista, respondendo a uma pergunta sobre o que havia feito de bom o atual presidente nestes 100 dias de governo, respondeu que este não está fazendo nem fará nada, enquanto não se esquecer do ex-Presidente Jair Messias Bolsonaro, e deixar de, diariamente, atirar pedras contra ele, procurando injuriá-lo, difamá-lo e caluniá-lo, cada vez mais. E que isso só contribui para o crescimento do ex-Presidente, e o arrependimento de quem fez o L.

Enquanto isso, o MST continua invadindo terras produtivas ou improdutivas, a cada dia, como aconteceu recentemente em Pernambuco, sem que o atual presidente tenha feito, até agora, nestes 100 dias de governo, qualquer pronunciamento no sentido de conter a fúria dos invasores.

A referida emissora de TV, a cada dia, atiça e faz crescer cada vez mais a paixão dos bolsonaristas pelo seu ídolo, que, inclusive, foram impedidos pela força policial suprema, de recebê-lo nos braços no saguão do aeroporto de Brasília, na manhã do seu retorno do imprescindível autoexílio. Gente para recebê-lo, não faltou, mas Bolsonaro foi levado a deixar o aeroporto pela saída dos fundos, frustrando a multidão que o aguardava. Isso aumentou ainda mais a revolta do povo..

A mídia petralha fala mal do ex-Presidente Bolsonaro 24 horas por dia. Sobre o atual Presidente, quando muito, destacam a forma irresponsável da sua fala, ao dizer em entrevista, que o Senador Sérgio Moro fez “armação”, ao denunciar que estava, junto com a família, sendo ameaçado de sequestro e possível morte, por um esquema criminoso.

É revoltante um canal de TV se posicionar, ostensivamente, contra um ex-presidente, quando o dever do jornalista é mostrar a verdade dos fatos, sem expor suas preferências políticas nem suas opiniões pessoais e maldosas. Isso não é jornalismo sério! São os “MEXERICOS DA CANDINHA”, dos anos 60, subproduto da televisão, essa “máquina de fazer doidos”, segundo Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto, 1923-1968)

 


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