Todo dia, a viagem de um amigo. Quantas perdas em tão pouco tempo. Maldito vírus. Tenho a impressão que o Céu está cada vez melhor pela qualidade de gente que tem partido lá pra cima … Haverá pandemia por lá? Haverá desgoverno por lá? Serão tão cinzentos e desesperançosos os ares de lá? A tristeza abriu a porta do meu peito e, aos poucos, se abancou em minha cadeira de balanço, onde eu sonhava, quando meu sonho ainda não era pesadelo. Até quando? Já perguntei e ninguém soube responder. ‘Aceite meus sentimentos’, de tanto ser dita, está banalizada. A frase, claro, não o sentimento. Este, de tristeza e saudade, permanece vivo e presente, a cada partida, a cada viagem só de Ida, a cada lágrima que se derrama e que teima em não se enxugar. Aceitem meus sentimentos sinceros pelos seus que já não estão entre nós.
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