Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Domingo – Dia de Matinê no Cinema Local domingo, 28 de novembro de 2021

MEU NOME É TRINITY
 

HOJE: FAROESTE ESPAGUETE

MEU NOME É TRINITY

Gentileza dos colunistas Cícero Tavares e D.Matt

 

 

Imagem de cartaz do primeiro filme da franquia Trinity (1970)

 

Subgêneros dos filmes Westerns Spaghetti, os filmes da franquia Trinity transformaram o Velho Oeste em comedia pastelão no início dos anos setenta na Itália, com conteúdo humor e pancadaria, à semelhança dos Trapalhões no Brasil. Por trás da maioria desses filmes houve diretores promissores, que depois vieram a fazer filmes de faroeste clássico, como Sergio Corbucci, Enzo Barboni e Lucio Filci. Este último vindo a se tornar mestre em filme de terror. E Sergio Corbucci responsável pela obra-prima fantasmagórica do western spaghetti, DJANGO (1966), com o ator Franco Nero numa atuação memorável.

Surgido em pleno auge da contra-cultura, Trinity se apresentava como um típico hippie vagabundo, vestindo roupas velhas e rasgadas, coberto de poeira do deserto dos pés à cabeça. Para as longas travessias do Velho Oeste, ele usa uma “cama índia” (espécie de padiola), puxada pelo seu obediente cavalo.

O primeiro filme da série a estrear chamava-se Lo Chiamavano Trinita (1970), traduzido no Brasil para Meu Nome é Trinity, tendo como novidade o pistoleiro mais rápido do gatilho no Velho Oeste, Terence Hill, e seu parceiro brutamonte, Bud Spencer, que formaram uma dupla extremamente marcante do subgênero western spaghetti macarrônico.

Terence Hill, antes de fazer esses filmes de paródia western, teve um inicio bastante promissor e atuou com destaque no clássico do grande diretor Luciano Visconti, no elogiadíssimo filme “IL GATTOPARDO” que tem como astros principais, nada menos que Burt Lancaster, Alain Delon, Claudia Cardinale. Nesse filme Terrence Hill faz um personagem militar amigo do personagem interpretado pelo ator Alain Delon.

Caio Pedersoli e Mario Girotti, ou Terence Hill e But Spencer, respectivamente, para atuarem nos Trinity, adotaram nomes artísticos em inglês e atingiram um sucesso bastante significativo principalmente a partir da produção Trinity é Meu Nome (1970). A dupla seguiu atuando junto em diversos longas do faroeste macarrônico italiano, com uma sintonia que ultrapassava as telas e materializava a participação dos dois como parceiros insubstituíveis.

As paródias e versões cômicas no subgênero trouxeram um ar novo ao cinema italiano, mas de nada serviram para a continuidade do subgênero inspirado nos longas americanos. Mesmo sendo responsáveis por tornar a parceria dos atores internacionalmente conhecida, os filmes contavam cada vez mais com uma produção de baixa qualidade. Os longas perdiam suas características à medida que eram encharcados dehumor lugar-comum.

Os filmes foram se afastando do que inicialmente havia sido o spaghetti western que chegou a preocupar críticos por ameaçar o western tradicional. Os cômicos ainda atraíam multidões em busca dos títulos de faroeste italiano, mas, com o passar dos anos, nenhum desses longas se tornou um verdadeiro clássico, como os de Sergio Leone ou Sergio Corbucci. Se nos anos de glória do subgênero – entre 1966 e 1971 – se produziram mais de 70 longas, no ano de 1973 apenas dois filmes foram lançados.

O certo é que os faroestes macarrônicos, ou western movies, tiveram seu apogeu a partir de 1970 quando foi lançado Trinity é Meu Nome, que alcançou grande sucesso de público e bilheteria.

Depois do grande sucesso de Chamam-me Trinity os italianos lançaram outro longa metragem com a mesma dupla Terence Hill e Bud Spencer vivendo os mesmos personagens da fita anterior em outra sátira de morrer de rir, com o diretor ENZO BARBONI, que fazia uma paródia atacando e destruindo os velhos mitos do Velho Oeste, de pistoleiros a jogadores. Bem mais engraçada que a anterior, este Trinity não deixa nada sem deboche e extasia de tanto rir a dupla Terencer Hill e Bud Spencer, que esbanja simpatia.

Trinity, Terence Hill, é um andarilho e pistoleiro que acaba chegando à cidade na qual Bambino (Bud Spencer), seu irmão e ladrão, está disfarçado, atuando como Xerife local. Eles tentam passar despercebidos mas tudo dá errado quando se envolvem em um conflito de terras entre um grupo de mórmons e um grande barão local, que deseja se apropriar dos territórios dos colonos.

Estima-se que nos anos 1970 foram produzidos dezenas de filmes com a marca Trinity, mas apenas dois ultrapassaram as fronteiras da Itália com crítica e público favoráveis: “Trinity é Meu Nome” (1970) e “Trinity Ainda é Meu Nome” (1971), ambos dirigidos por Enzo Barboni, pseudônimo de E.B. Clucher, tendo como atores principais a dupla de grande popularidade Terence Hill e Bud Spencer. Mas depois foram perdendo público e crítica pela baixa qualidade das produções, baixo orçamento e falta de criatividade dos realizadores. Sua arte inovadora deu lugar a histórias fáceis e sem graça.

 


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