Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quarta, 21 de outubro de 2020

METROPOLITAN: CASA DE SHOWS DO RIO FECHA AS PORTAS E MARCA O FIM DE UMA ERA MEMORÁVEL

 

 

Metropolitan fecha as portas e marca o fim de uma era de shows memoráveis no Rio

Atualmente chamada de KM de Vantagens Hall, casa da Barra recebeu de David Bowie a João Gilberto em seu palco
 
Astros internacionais: David Bowie canta no palco do Metropolitan em novembro de 1997 Foto: Christina Bocayuva
Astros internacionais: David Bowie canta no palco do Metropolitan em novembro de 1997 Foto: Christina Bocayuva

O adeusFim do Metropolitan é mais um duro golpe na tradição musical do Rio

Responsável pela administração do espaço, a produtora Time For Fun não quis confirmar ao GLOBO a informação de que está entregando o espaço alugado no shopping Via Parque, e avisou que enviaria um comunicado — até o fechamento desta edição, às 18h30, não havia chegado. No entanto, notícias que circulavam nos bastidores do meio musical já davam o fechamento como certo.

— Supresa e choque — diz Lulu Santos, ao ser perguntado sobre o que significa, para ele, o fim do espaço onde se apresentou tantas vezes. — É o melhor palco do Rio e a melhor relação palco/plateia por conta da disposição. É triste demais esse esvaziamento.

Responsável pela abertura da casa, inaugurada com um show da cantora Diana Ross, o empresário Ricardo Amaral também se diz “triste” mas não “surpreso” com a notícia.

 

— O Metropolitan nunca foi o lugar prioritário dos atuais operadores. Soube que, meses atrás, eles se desfizeram da casa de Minas Gerais. A crise gerada pela pandemia, além da programação que tem sido anunciada, me levou a crer que isso aconteceria — diz Amaral, que vendeu o espaço no início dos anos 2000 para a Companhia Interamericana de Entretenimento, do México, por conta da situação econômica do país naquele época. — O dólar passou de R$ 0,80 para R$2, R$3, R$4 reais. Eu não conseguia embutir no ingresso o custo do cachês dos artistas internacionais.

Sob a gestão Amaral, o Metropolitan recebeu o primeiro show dos Três Tenores no Brasil. Stevie Wonder, Santana e Nina Simone (dentro de uma inesquecível capa de veludo vermelho) também passaram por lá. Em 1997, David Bowie, com indumentária indiana e unhas dos pés pintadas de preto, enlouqueceu o público. Lou Reed promoveu uma grande catarse rock’n’roll. A Legião Urbana passou pelo palco, em 1994, na sua última turnê antes da morte de Renato Russo, em 1996.

Já na administração da Time For Fun, aconteceu um dos “shows-missa” do Los Hermanos, com o público cantando o disco “4” do início ao fim, em 2005. No mesmo ano, teve White Stripes.

 
Em 1991, o empresário Ricardo Amaral mostrava a maquete do Metropolitan Foto: Arquivo O Globo / Agência O Globo
Em 1991, o empresário Ricardo Amaral mostrava a maquete do Metropolitan Foto: Arquivo O Globo / Agência O Globo

 

Amaral tem fresca na memória a apresentação acústica de Gil e Caetano, no fim da década de 1990. Lembra-se do estouro da música baiana, com apresentações lotadas de Banda Eva e Araketu. Conta que conseguiu fazer com que Roberto Carlos trocasse o Canecão pelo Metropolitan.

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A temporada do Rei, aliás, é inesquecível para Liège Monteiro, assessora de imprensa do local à época. Liège lembra que as apresentações do cantor duraram cinco semanas.

— O The Wailers também foi sucesso absoluto. Tiveram que fechar as portas e não parava de chegar gente. Fiz Men at Work, concurso de Miss Brasil, Joe Satriani, Wolf Maya dirigindo Zezé Di Camargo e Luciano...

Para a apresentação do Bolshoi, o Metropolitan teve que interditar a primeira fileira de cadeiras da casa de shows, conta Liège. A produção do prestigiado balé russo fazia questão que todos enxergassem os bailarinos por completo, incluindo as pontas de suas sapatilhas.

A produtora musical Adriana Penna, que passou pela equipe de gravadoras como Sony, Warner e Trama, diz que sua carreira está intrinsecamente ligada ao lugar. Ela acompanhou shows de Djavan, João Bosco, Alanis Morissette, Zeca Pagodinho, entre outros, e destaca os bastidores do programa “Som Brasil”, com João Gilberto.

 

— João só queria gravar de madrugada. Me pediram para buscá-lo à 1h da manhã. Ele só desceu do apartamento às 4h — conta Adriana, lamentando a notícia para a cidade. — O Rio já tem poucos palcos. E agora? É o fim de uma era.


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