Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão segunda, 04 de julho de 2022

MEMÓRIA: CORINTHIANS FESTEJA DEZ ANOS DO TÍTULO DA LIBERTADORES

Corinthians festeja dez anos do título da Libertadores, data de sua 'libertação'

Há uma década, Emerson Sheik fazia dois gols na decisão contra o Boca Juniors e dava ao time alvinegro a sua primeira - e única - taça continental. O ano era 2012 e depois o torcedor ainda comemoraria o Mundial de Clubes da Fifa 

Ricardo Magatti, O Estado de S.Paulo

04 de julho de 2022 | 05h00

No Dia 4 de julho, os americanos celebram a Independência dos Estados Unidos. Já para os corintianos, a data significa uma espécie de libertação, pois foi naquele dia em que o Corinthians deu fim à agonia de seu torcedor, colocou um ponto final nas galhofas dos rivais e, enfim, chegou ao topo da América. conquista da Libertadores em cima do Boca Juniors completa dez anos nesta segunda-feira como marco na história do clube paulista.

O corintiano não se esquece da noite de 4 de julho de 2012. Perto do 102º aniversário do clube, a galeria de troféus do Parque São Jorge finalmente ficou completa. O time ergueu o seu primeiro - e até hoje único - troféu da Libertadores, com uma campanha irretocável. Cinco meses depois, o Corinthians alcançou o topo do mundo ao ganhar do Chelsea em Yokohama, no Japão.

 

 

Lance do segundo gol de Sheik, que garantiu o título da Libertadores
Lance do segundo gol de Sheik, que garantiu o título da Libertadores Foto: AFP
 

O time alvinegro se tornou há uma década o último dos paulistas a conquistar o título mais importante do continente. Naquela época, Santos e São Paulo tinham três taças da Libertadores e o Palmeiras, uma. Hoje, o time alviverde é tricampeão.

"Representou muito, foi uma festa inesquecível para toda uma geração", resume o jornalista e historiador Celso Unzelte, autor de uma série de livros sobre o Corinthians. "Mas dizer que um título é o mais importante da história do Corinthians só porque calou a boca dos rivais é sempre uma visão meio míope", pondera.

O Corinthians tornou-se campeão continental com uma contundente vitória por 2 a 0 sobre o até então temido Boca Juniors no Pacaembu. A equipe mostrou maturidade, força e futebol de campeão. Tudo isso sobre os olhares atentos de quase 40 mil fiéis. "Ganhar a Libertadores foi apenas um dos muitos desafios que foram e continuarão sendo propostos ao Corinthians ao longo de sua história. E o clube superou todos", diz Unzelte.

As primeiras lágrimas começaram a cair antes mesmo de o jogo começar, com a bonita festa que a torcida fez para receber o time na subida ao gramado. Foi um dia diferente em São Paulo desde as primeiras horas do dia como há tempos não se via. Por todos os cantos, o preto e branco reinava seguido do grito de "Vai, Corinthians." 

Torcedores passaram o dia nos arredores do Pacaembu se preparando para o título. A festa começou bem antes com confraternização com churrasco e cerveja nas praças vizinhas ao histórico estádio paulistano.

 

Mosaico da torcida Corinthians na final da Libertadores
Mosaico da torcida Corinthians na final da Libertadores Foto: Nelson Almeida/AFP

Durante a partida, a capital paulista ficou em silêncio. Muitos, incluindo torcedores rivais, acompanhavam atentamente o desenlace do jogo que mudaria a história corintiana e que transformou em ídolo o atacante Emerson Sheik, autor dos dois gols na decisão.

Emerson abriu o marcador aos 9 minutos do segundo tempo, aproveitando passe de calcanhar do meia Danilo, depois que a defesa do Boca não conseguiu afastar a bola numa falta cruzada para dentro da área. O atacante, então com 33 anos, aumentou a vantagem e deu início à celebração da torcida corintiana aos 28 minutos, arrancando com a bola desde o meio-campo após um passe errado do zagueiro Schiavi.

"Gosto dessas partidas, tenho certeza que todo mundo que acompanhou a minha história sabe o quanto é importante isso", disse o veterano jogador, na ocasião. "O grupo mereceu, trabalhou dentro de campo, ninguém fez mais que o Corinthians. Não foi acaso, não foi sorte, foi merecimento e competência desse grupo", afirmou o técnico Tite a repórteres após a conquista, ainda no gramado.

Trajetória 

O Corinthians ganhou a Libertadores de forma invicta. Em 14 jogos, foram oito vitórias e seis empates. A defesa, com apenas quatro gols sofridos, foi a menos vazada da competição. O jogo mais especial para quase todo corintiano, com exceção da final, foi contra o Vasco. 

Aquele confronto misturou drama, tensão, emoção e uma cena que entrou para a história do futebol sul-americano: a defesa milagrosa de Cássio em chute de Diego Souza quando o duelo estava empatado sem gols. Minutos depois, no fim da partida, Paulinho marcou de cabeça para selar o triunfo.

Na semifinal, o adversário foi o Santos, de Neymar, e a classificação para a decisão foi obtida após vitória na Vila Belmiro (gol de Sheik) e um empate no Pacaembu.

 

Jogadores comemoram o título da Libertadores no gramado
Jogadores comemoram o título da Libertadores no gramado Foto: José Patrício/AE

FICHA TÉCNICA 

CORINTHIANS 2 x 0 BOCA JUNIORS 

DATA - 04/07/2012

CORINTHIANS - Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex (Douglas) e Danilo; Jorge Henrique (Wallace) e Emerson (Liedson). Técnico - Tite.

BOCA JUNIORS - Órion (Sebastián Sosa); Franco Sosa, Schiavi, Caruzzo e Clemente Rodríguez; Ledesma (Cvitanich), Somoza, Erviti e Riquelme; Mouche (Viatri) e Santiago Silva. Técnico - Julio César Falcioni.

GOLS - Emerson, aos 8 e aos 27 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Wilmar Rondán (COL).

CARTÕES AMARELOS - Mouche, Caruzzo, Santiago Silva, Schiavi, Leandro Castán, Jorge Henrique e Chicão.

RENDA e PÚBLICO - Não divulgados.

LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo.


Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros