Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão terça, 27 de abril de 2021

MEDITAÇÃO DIÁRIA AJUDA PESSOA A ENFRENTAREM PANDEMIA COM FOCO NO PRESENTE

 

Meditação diária ajuda pessoas a enfrentarem pandemia com foco no presente

Aplicativos, série e outros métodos ajudam a iniciar a prática

Ana Lourenço, O Estado de S.Paulo

27 de abril de 2021 | 05h00

Débora Raysa
Cuidado com a postura e atenção no presente: é assim que Débora Raysa se cuida – com a ajuda de aplicativos –, durante o período de isolamento Foto: Felipe Rau/Estadão

Compreender a meditação e seus benefícios foi o que ajudou o professor de Língua Portuguesa Marcelo Leite a criar uma rotina para a reflexão. “Em março de 2020, eu comecei a me adaptar à meditação basicamente por conta de duas coisas: acompanhamento profissional de terapeuta e muita leitura”, conta ele. “É igual tomar banho. Você não faz uma vez e para. É uma questão de higiene e a meditação é uma higiene emocional.”

Segundo ele, que antes sofria muito de ansiedade, a prática noturna regular administrou suas expectativas em torno da pandemia. “Isso fez e faz com que eu consiga passar por esse período com uma dimensão de que tudo isso é inevitável, é um fato do mundo. O que eu posso trabalhar é a maneira como eu lido com isso”, diz.

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Apesar de a pandemia ser global, cada ser humano a está experimentando de um jeito diferente. Por isso é tão importante a ação de compartilhar experiências, numa tentativa de normalizar alguns dos desafios vividos e trazer mais cuidado para o dia a dia. Algo muito bem explorado pela Monja Coen

 
Em Tempo de Cura, livro da religiosa lançado na semana passada pela editora Planeta, a monja não tem problema em contar sobre suas dores e medos para, junto com os leitores, tratar as sequelas físicas, mentais e sociais da pandemia.

 

Monja Coen
Monja Coen Foto: André Genzo Spínola e Castro

“A gente só pode falar daquilo que tivemos uma experiência pessoal. E eu gosto de dizer para as pessoas: você pode. Seja quem for e o que você estiver fazendo. Já bebi muito, já usei droga e agora eu sou uma monja que não faz nada disso e estou muito bem”, revela.

No livro, Monja Coen afirma que estamos enfermos porque perdemos nosso equilíbrio, o qual pode ser recuperado com a meditação. “É uma mudança de olhar para a humanidade. Ou seja, existe uma doença e existem caminhos de cura. Mas, para haver cura, não pode haver negação. A gente precisa ver a realidade e ver a maneira como estamos respondendo ao mundo. É através da ganância, raiva e ignorância ou através da compreensão, da bondade e da sabedoria?”, indaga ela.

Mudança. A designer de estampas Débora Raysa, de 30 anos, buscou ajuda pelos aplicativos. “Eu tive de abrir mão da terapia durante a pandemia e vi na meditação algo de fácil acesso que me traria calma e relaxamento”, explica ela, que religiosamente faz a prática pela manhã, logo que acorda. “Já usei o aplicativo Cíngulo e agora uso o Lojong. Mas tem vezes, dependendo do dia, que consigo fazer sem ser meditação guiada”, diz.

Ao invés de procurar por aplicativos, a analista de conteúdo Aline Saluotto, de 28 anos, se descobriu em séries. Desde fevereiro deste ano, ela assiste regularmente à Meditação Guiada Headspace, a primeira das três parcerias anunciadas pelo aplicativo com a Netflix.

 

Netflix - Headspace
‘Meditação Guiada da Headspace’ é opção na Netflix Foto: Netflix

“Eu já vejo que algumas ações minhas mudaram completamente, sabe? A meditação me ajudou a compreender coisas além da calmaria que ela proporciona”, divide ela, que passou a exercitar a respiração ao longo do dia e até melhorou o seu sono. Tema que a Headspace escolheu para a segunda série, Guia Para Dormir Melhor , que estreia amanhã (28) no streaming.

“Se você parar para pensar, todo humano come e dorme. E existem muitos programas de comida, mas nunca teve um sobre sono. Além disso, tem tantas pessoas que assistem à TV antes de irem dormir, então, e se tivesse um programa que realmente ajudasse você a dormir?”, diz Morgan Selzer, produtora executiva da Headspace. 

Eve Lewis Prieto, voz da série e especialista em meditação e mindfulness, explica que a falta de sono pode agravar os problemas que enfrentamos, causando ainda mais estresse e ansiedade. “É como nos relacionamos com essas experiências e achamos maneiras de entender nossos padrões de vida, que somos capazes de colocar em prática uma rotina em torno de nosso sono”, diz ela.

O problema com insônia foi o que fez Geni Bosso, de 63 anos, procurar ajuda. “Quando começou a covid, eu passei os primeiros meses ‘de boa’. Mas depois, por volta de setembro, comecei a acordar às 3h da manhã e não dormir mais. Aí comentei com uma amiga, Mara, que é terapeuta floral, e tudo mudou”, conta. 

Desde então, Geni toma gotas de florais ao longo do dia e participa de um grupo de WhatsApp, criado pela amiga, que compartilha meditações diárias pelas manhãs. “Eu aceitei porque sinceramente, nesta pandemia, tudo que for pra você relaxar e ficar bem é importante”, diz ela. 

Prática. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a meditação como um método para a prevenção de doenças, além de trazer benefícios comprovados no controle dos sintomas da ansiedade, depressão e insônia. Mas o hábito deve existir. Por isso mesmo, muitas vezes ele é até incentivado por psicólogos e terapeutas. 

Foi o caso do representante comercial Jackson Tavares, de 22 anos, que em abril de 2020 começou a terapia e cinco meses depois já passou a meditar. “Ele me indicou a meditação para que eu pudesse controlar o meu foco com a atenção plena, o mindfullnes”, conta ele, que sofria com distrações do home office e compulsão alimentar.

“Na pandemia eu engordei muito, uns 19 quilos, porque eu comia sem perceber o que eu estava comendo. A partir da atenção plena, eu comecei a reparar no que eu estou mastigando. Até porque a gente realmente não consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo. Então é importante ter atenção.”

É comum entender meditação como o silenciamento da mente, quando alguém não pensa em nada. Porém, o que se busca, ao meditar, é acalmar a mente e assim organizá-la.

“Não existe nenhum problema em ter pensamentos. Basta você não conversar com eles. Para isso, imagine que você está na plataforma do metrô e um trem está vindo. Ali tem vários vagões, cada um deles representando um pensamento diferente. Você vai entrar no pensamento que você quer ou simplesmente vai deixá-lo ir embora. O estado meditativo é observar ele vir e não entrar”, exemplifica a professora de ioga e meditação Alik Mio.

Para quem quer começar a prática, o mais indicado é a meditação guiada. Com o tempo, descubra um estilo confortável para você. “No começo a pessoa ainda não sabe o que fazer e precisa de alguém que saiba trazer essa consciência para os seus pensamentos e fazê-la retornar para o aqui e agora”, ensina. 

De acordo com ela, não existe maneira certa ou errada de fazer a prática, porém duas regras são essenciais: postura e atenção no presente. “Você pode estar em três posições para circular a energia e conseguir a clareza mental: sentada com os pés tocando o solo e alinhando a coluna, sentada com as pernas dobradas em forma de flor de lótus ou completamente deitada”, diz. 

 Lojong

Possui diversas práticas guiadas com diferentes objetivos. Oferece opções para quem não pode pagar. R$ 12,90/ mês. Disponível em iOS e Android

Headspace

Práticas de meditação e sono focando no bem-estar do usuário. Tem opções de curso e opções para todas as idades. R$ 19,90/mês. Disponível em iOS e Android

Insight Timer

Aplicativo com mais de 50 mil meditações gratuitas e disponíveis em 44 idiomas diferentes. R$ 10,82/mês. Disponível em iOS e Android

Mediotopia

Sessões personalizadas, guiadas, sons da natureza e histórias para dormir estão disponíveis. R$ 11,65/mês. Disponível em iOS e Android

Zen

Primeiro aplicativo brasileiro de meditações guiadas. Grátis, com opção premium por R$ 19,90/mês. Disponível em iOS e 

Android


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