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A equipe é formada pelos estudantes Tiago de Oliveira, Morjorie Nunes, Arthur Narciso, Ilyan Valentino, Lucas Souza, Bruna Marques, Stella Portella e Lara Hubner
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Alunos do 6º e 7º anos do colégio Dom Pedro II irão participar da World Mathematics Team Championship, maior campeonato de matemática da China. O evento ocorre dos dias 21 a 25 de novembro, na capital, Pequim.
A delegação da escola embarca na próxima segunda-feira (18) com oito estudantes: Tiago de Oliveira, Morjorie Nunes, Arthur Narciso, Ilyan Valentino, Lucas Souza, Bruna Marques, Stella Portella e Lara Hubner. Eles são medalhistas de ouro, a nível estadual, e de prata, a nível nacional, na Olimpíada Matemática Sem Fronteiras 2019, competição internacional e interclasse para alunos do ensino fundamental e médio.
Expectativas
Patrícia Nunes Naves, 41 anos, e Marjorie Nunes, 11, são, respectivamente, mãe e filha. As duas estão bastante animadas para a viagem. “É um privilégio muito grande (participar da olimpíada), vou tentar fazer o meu melhor”, diz Marjorie.
Aluna do sétimo ano, Stella Portella, 12, revela que começou a gostar de matemática quando se preparava para a seleção do Pedro II e diz estar muito ansiosa. “Fiquei sabendo (que tinha sido selecionada) pelas minhas amigas. Na hora, não acreditei. A ficha só foi cair depois que falei com o professor. Estou muito animada, pois quero conhecer a muralha da China.”
Preparação
O professor de matemática Edgard Cândido dos Santos, 41 anos, é um dos responsáveis pela preparação dos alunos. Ele conta como foi o processo até a chegada desse momento. “Tudo começou no início do ano, com um projeto que tinha o intuito de capacitar os estudantes do ensino fundamental em matemática. Depois, passamos a enviá-los para algumas olimpíadas pela escola. Ganharam medalhas de ouro e prata em duas”, revela.
Cândido ressalta a importância desse tipo de evento para diminuir a resistência dos jovens. “Ações assim despertam o interesse pela matemática, uma disciplina que gera muitos afastamentos e desistências. Isso porque possibilita um contato mais aprimorado com a matéria. Além de ajudar no currículo para entrada nas universidades, porque o aluno que for colecionando essas conquistas, fica à frente dos demais.”
Apoio da família
Por se tratar de uma competição fora do país, os custos com a viagem são altos. Carla Leal, 37 anos, é mãe de um dos participantes e conta os desafios para conseguir angariar o dinheiro. “A gente soube no dia 24 (de outubro). Meu marido e o Tiago ficaram eufóricos. Eu fui mais pé no chão porque era um valor muito alto, por volta de R$ 12 mil, mas decidimos que ele ia e, com a dica de um amigo, começamos uma vaquinha on-line.”
Ela explica por que decidiu deixar o filho ir para a olimpíada. “Não podia dizer não. Fiquei assustada no início, mas respirei fundo, pois sei o quanto viver essa experiência será importante para ele, abre muitas portas para o futuro."
Os estudantes contam com o apoio, também, da Associação de Pais e Mestres da instituição (Apam), o presidente, Sargento Marcio Santos da Silva, 46 anos, conta a importância de apoiar essa conquista. “Vamos ajudar os pais, pois 54% dos gastos serão custeados pela associação, pois é uma oportunidade única ter os nossos alunos representando a escola, sentimos muito orgulho.”