Mote e glosa deste colunista:
Toda mata festeja quando pinga
Uma gota de chuva no Sertão.
Num começo de noite abafada
Um clarão se acende sobre a serra
E dos céus, almejando essa terra,
Caem pingos descendo em disparada.
É o começo de uma invernada
Orquestrada no ronco do trovão
Alegrando com o som da explosão
Tudo quanto respira na caatinga
Toda mata festeja quando pinga
Uma gota de chuva no Sertão.