Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Raimundo Floriano - Perfis e Crônicas sexta, 12 de novembro de 2021

MARTINHO MENDES, MEU TIPO INESQUECÍVEL
MARTINHO MENDES, MEU TIPO INESQUECÍVEL

Raimundo Floriano 

 

Martinho Mendes e seu saxofone

 

            Martinho Mendes nasceu em Loreto-MA no dia 12 de novembro de 1917. Era também chamado Martim Músico e até Martim Musgo, como falavam os menos letrados.

 

            Em sua terra natal,  na luta pelo pão de cada dia, exerceu as profissões de músico, barbeiro e chofer, tendo nesta, por muitos anos, trabalhado para o negociante José do Egito Coelho.

 

            Foi ele o primeiro músico que conheci na minha infância, e sua arte musical e seu saxofone muito me influenciaram no propósito de também vir a ser um músico de sopro e ajudaram a formar meu vasto e profundo conhecimento do nosso repertório carnavalesco.

 

            Martinho Mendes teve três devoções na vida: a família, a boemia e a Música.

 

            A primeira devoção, a família, caracterizava-se pela paixão e fidelidade dedicadas à sua mulher, Dona Antônia Alves Mendes. Nunca ouvi falar de que Martinho Mendes tivesse pulado a cerca.

 

            Essa veneração à esposa rendeu-lhe sete produtos do amor: Édison, ou Edinho, Aluísio, Sebastião, Antônio, Manoel, Luzimar e Lúzia Maria.

 

            A segunda devoção, a boemia, exige que eu me demore mais para explicar o que ela significa hoje e o que foi no passado.

 

            Grandes composições foram dedicadas ao tema: Boêmio de Raça, gravado por Orlando Silva; A Volta do Boêmio, na voz de Nélson Gonçalves, em que a mulher falava para o amado: “meu amor, você pode partir, não esqueça o seu violão”.

 

            Há um grande compositor na Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense chamado Carlos Boemia, e existe um conjunto musical denominado Os Cervejas.

 

            Hoje, a sexta-feira ficou conhecida como o Dia da Cerveja e da happy hour, hora feliz, ou seja: a felicidade consiste em virar o copo!

 

            Em Blumenau-SC, realiza-se, anualmente, a Oktoberfest, com duração de uma quinzena, na qual centenas de milhares de pessoas se reúnem com o objetivo único de encherem a cara.

 

            Grandes marcas de cerveja arregimentam ídolos de várias atividades para promoverem seus produtos. A Brahma será patrocinadora oficial da Copa do Mundo da Fifa de 2010. É o Futebol, a maior paixão nacional, a Pátria de Chuteiras, com seus saudáveis atletas, aliado à velha devoção do Martinho Mendes, a boemia.

 

            Eu mesmo, que agora só bebo refrigerante diet, fundei, em 1972, a Igreja Sertaneja, seita sem caráter religioso, cujos templos eram todos os bares e botecos do Brasil.

 

            Mas, nos anos 40-50, o preconceito arraigado na mente do povo do meu sertão fez com que a boemia fosse um ato abjeto, abominável. Por isso mesmo, minha geração não produziu sequer um instrumentista de sopro.

 

            Alguns refratários até que tentaram: Ninosa da Dona Clara e os irmãos Alcebíades e Expedito, os três no pistom. Mas nenhum deles prosperou no intento. Acho que lhes faltou propensão para a arte.

 

            Houve um adulto, o Barroso, enfermeiro do Posto de Saúde, que tocava clarineta, mas seu instrumento piava tanto que, tão logo terminava a introdução, ele se entregava à parte vocal.

 

            Eu, além de admirar o Martinho como músico, também sonhava em, na maturidade, ser também um boêmio igual a ele. Certo dia, perguntei-lhe:

 

            – Martim, é bom ficar de fogo?

            E ele me respondeu:

            – O bom mesmo é quando começa o “tontinho”!

 

            Na segunda metade dos anos 40, o comerciante Jacques Pinheiro comprou um caminhão da marca General Motors Truck, que ficou conhecido apenas por “General”, e contratou o Martinho como chofer.

 

            O General era muito velho, sucata da Guerra, só pegava na manivela ou empurrado, e seu motor era todo afolozado, sem força. Servia apenas para pequenos carretos ou para levar passageiros ao Campo de Aviação. Era ótimo para a meninada, que podia facilmente amorcegar-se – pendurar-se – em sua carroceria.

 

            Sem qualquer tipo de trânsito ou obstáculo para dificultar-lhe a marcha, o General teve no Martinho um chofer competente, com ou sem “tontinho”!

 

            A predisposição do povo contra a profissão de músico persistiu por todos aqueles anos.

            Um dia, numa retreta na Praça de São Sebastião, faltou o pandeirista. Vi ali uma chance de me lançar no metiê. Mesmo sem noção alguma do ofício, pedi:

 

            – Martim, eu posso tocar o pandeiro?

 

            Ele, talvez no “tontinho”, consentiu!

 

            Peguei o bicho e tentei acompanhar a música, porém não dei uma batida correta. Deixei-o e, acabada a retreta, fui pra casa.

 

            Estava na varanda, quando uma beata enredeira entrou e falou pra minha mãe:

 

            – Comadre Maria, não vou nem lhe contar!

            – Conte logo, comadre!

            – Seu filho Raimundo, aquele dali, tava tocando!

            –Tocando o quê, comadre? – perguntou minha mãe, já apavorada!

            – Pandeiro, comadre! Tocando pandeiro com o Martim Musgo.

 

            Que baita carão levei! Se tivesse tomado uma surra, doeria menos!

 

            Sua terceira devoção, a Música, revelou ser ele detentor de talento inato para essa arte que foi seu principal meio de vida.

 

            Ao chegar a Balsas, com vinte e poucos anos de idade, e ali estabelecer-se para sempre, Martinho já era um musicista completo e burilado. Lia e escrevia na pauta, fazia arranjos, compunha jingles para as lojas – tinha isso, sim –, criava introduções e colocava melodia nas músicas feitas pelos foliões para caracterizar cada bloco carnavalesco. Desconfio que ele tenha percorrido um pouco o caminho da leitura, visto que, quando estava no tontinho, costumava falar palavras de raro uso, eruditas: probabilidade, longitudinal, indubitavelmente, admoestação, coesão, periculosidade, estipêndio, protuberância, assimilação, prestimosidade.

 

            O que me espanta é que toda essa riqueza musical e intelectual foi adquirida em Loreto, sem jamais ter residido em qualquer outro centro de recursos culturais mais avançados.

 

            Eu, que naquele tempo não dançava – tinha acanhamento das meninas –, fui um espectador privilegiado do seu desempenho nos bailes, nos vesperais, nas serenatas, nas alvoradas, nas retretas.

 

            Muitos músicos o auxiliaram nessas tocatas: Zé Passarinho, Walfrido, Enoc e Raul no banjo; Luiz Deodato, o Luiz Bode, Geminiano Farias, o Gemi, e Domingos Mendes, o Dumingau, na bateria; e pandeiristas e sanfoneiros eventuais.

 

            Cinco dos seus filhos seguiram-lhe na arte, com instrumentos diversos. Édison, o Edinho, no sax, Aluísio no banjo, Sebastião no pandeiro, Manoel no sax e Luzimar na bateria.

 

            Nos festejos, tinha seu conjunto ao meu inteiro dispor.

 

            Tanto na Igreja Matriz de Santo Antônio – com quermesse de 1º a 13 de junho –, quanto na Igreja de São Sebastião – com quermesse de 11 a 20 de janeiro –, a parte musical era assim desencadeada: alvoradas nas madrugadas dos primeiros e últimos dias, retretas diárias, depois do Terço, que começava às 11h00, e funções à noite, animando os leilões e as barraquinhas, que vendiam bebidas e comidas típicas.

 

            No Festejo de Santo Antônio, as músicas eram as de meio de ano: rumbas, boleros, sambas, baiões, maxixes, valsas. No de São Sebastião, prevaleciam os lançamentos carnavalescos do ano, que eram tocados e cantados para que todos os aprendessem e os cantassem nos salões, como era costume da época.

 

            Três músicas, no entanto, tinham presença cativa nos Festejos: a valsa Santa Terezinha, de Antenógenes Silva, tradição que o Mestre Riba da Sanfona ainda preserva, o samba Balsas, Cidade Sorriso, e o dobrado Padre Cícero. O samba é de autoria de Martinho e um desconhecido caixeiro viajante e consta, com letra e partitura, no meu livro Do Jumento ao Parlamento. O dobrado é de autoria apenas do Martinho, e sua partitura fará parte deste perfil.

 

            O trabalho do Martinho, no Carnaval, não se restringia apenas aos bailes sociais, geralmente realizados na varanda da residência do meu Tio Cazuza. Havia os vesperais infantis, os desfiles com os blocos nas ruas, além do baile da segunda sociedade, àquela época conhecido como “Pipiral”, na casa do Seu Zé Bento. Isso sem contar os ensaios dos blocos, cada qual querendo manter segredo quanto à marchinha que marcaria sua entrada triunfal no salão. E tudo regado a lança-perfume!

 

            Participava também dos dramas – peças teatrais escolares –, de horas de arte, de solenidades cívicas e dos circos mambembes que por Balsas passavam.

 

            Terminado o período carnavalesco e dos festejos da cidade, sempre havia trabalho em diversas fazendas e localidades nos arredores, cada qual festejando seu Padroeiro.

 

            Era o caso da Festa do Coco da Aparecida no município de Loreto, sua terra natal. Em que pese a ausência de transporte rodoviário, Martinho não perdia essa grande festa, famosa em todo o sertão sul-maranhense. Pegava sua tralha musical, jogava-a no lombo dum jumento e seguia a pé com seu conjunto, como se vê na ilustração a seguir:

 

Martinho e Seu Conjunto: rumo à Festa do Coco da Aparecida

 

            Quando aprendi a dançar e comecei a namorar, e vi que isso era bom, Martinho foi meu grande parceiro nos bailes e vesperais que eu promovia, juntamente com meus amigos, quando estava de férias em Balsas, sempre deixando para receber a paga no apurado da cota. Ele sabia que comigo não havia poréns! Caso alguém deixasse de cooperar, eu completaria o combinado!

 

            Em 1972, aprendi a tocar o trombone de vara! Realizei o primeiro sonho, era um instrumentista de sopro! Faltava o segundo, que se concretizou conforme passo a relatar.

 

            Em 1975, os foliões de Balsas organizaram um bloco carnavalesco denominado Jardim da Infância. Arregimentado o pessoal e confeccionadas as fantasias, faltava contratar um músico que desse suporte ao Martinho e também se dispusesse a sair pelas ruas com o bloco, de carro, ou a pé! E aí, bateu-lhes uma inspiração. Alguém sugeriu:

            – Vamos buscar o Raimundo Floriano lá em Brasília!

            Aprovada a ideia, fizeram uma vaquinha, arrecadaram a grana e mandaram-me as passagens aéreas. Viajei no sábado de Carnaval!

 

Bloco Jardim da Infância

 

            Ao descer do avião, a emocionante surpresa que até hoje me causa arrepios ao narrá-la: ao pé da escada, todo o Bloco Jardim da Infância fantasiado, com o Martinho à frente tocando Balsas Querida, a marcha-hino de Augusto Braúna!

 

            Aproveitamos todos para tirar a foto acima, ali mesmo no Aeroporto e, em seguida, embarcamos na carroceria dum caminhão, dando início ao carnaval de rua! Dizem que foi o melhor de todos os tempos!

 

            Pelo menos para mim, foi isso mesmo! Realizei o sonho de tocar para o povão em companhia daquele famoso ídolo de minha infância!

 

            Martinho era grande amigo de nossa família e foi o barbeiro de meu pai durante os seus últimos anos de vida, atendendo-o em casa até quando faleceu, em 1973.

 

            Sete anos depois, chegou a hora de Martinho Mendes também se despedir deste mundo, da família, da boemia, da Música!

 

            Sua saúde vinha apresentando indícios de grave debilidade, razão pela qual o Dr. José Bernardino, que cuidava dele, havia recomendado que parasse de tocar, que não soprasse nem um balão, pois o seu pulmão não suportaria o esforço. Martinho rebatia com desdém:

 

            – Quero morrer tocando!

 

            E foi assim mesmo que aconteceu! Com seriíssimos problemas financeiros, inclusive desejando terminar uma obra iniciada em sua casa – que estava quase caindo –, ele fora obrigado a aceitar um convite para tocar na Liga Operária Balsense.

 

            Compareceu também porque ali estavam presentes suas três devoções: a família, para a qual se preocupava em dar morada mais condigna; a boemia, pois nessas festas não lhe faltava a cervejinha de sempre; e a Música, na perfeição do seu desempenho ao executar qualquer melodia no seu velho saxofone!

 

            Nessa festa, no momento em que tocava a rumba Siboney, de Ernesto Lecuona, caiu no chão, já nos estertores da morte.

 

            Levaram-no às pressas para o consultório do Doutor José Bernardino, que o encaminhou para o Hospital São José, mas revelou aos que o acompanhavam:

 

            – O Martinho está praticamente morto!

 

            E naquele dia, 25 de maio de 1980, Martinho Mendes se findava, aos 63 anos de idade!

 

            Até aqui, falou quem o conheceu ainda na infância, expondo suas impressões de criança e, depois, de adolescente. Mas houve uma pessoa de geração anterior à minha, contemporânea do Martinho já na idade adulta, que não conteve suas emoções ao ver o nosso músico recebendo as últimas homenagens em seu velório.

 

            Trata-se do ilustre balsense Dr. Paulo de Tarso Fonseca, jurista, professor, Procurador de Justiça do Estado do Maranhão, que, tão logo chegou em casa, produziu, em forma de carta para seu amigo Miguel Borges, nosso conterrâneo e residente em Carolina, a bela crônica que, devidamente autorizado, passo a transcrever.

 

            “Caro Miguel.

 

            “A notícia que tenho para lhe dar é a da morte do Martinho. Não é outro, o Martinho Músico, dono do sopro inconfundível daquele seu inseparável saxofone, que desde a nossa infância acostumamos a ouvir nas vesperais dos domingos alegres, nos bailes tradicionais, e, sobretudo, nas retretas das noitadas de Santo Antônio...

            “Morreu o Martinho, músico cristalino, boêmio solitário, companheiro fiel das noites enluaradas de nossa cidade, ao tempo das serenatas – poesia musical, que cada um escutava sem perder uma nota, docemente, como eflúvios naturais da vida simplória do sertão. Suas músicas, seus solfejos característicos, por serem simples, inconfundíveis, maravilhosos aos nossos ouvidos, eternos em nossos corações. Lembram-me sempre os chorinhos gostosos, trejeitados. Aquelas marchinhas animadas, com sabor de virgindade, suas valsas melódicas e penetrantes, tocadas com pedaços de nossas almas. Miguel, no Martinho tudo é lembrança...

            “Fui à casa dele, ao seu velório. Lá estava ele, deitado, todo de preto, na sala da frente de seu casebre, que já é quase o meio da rua. Não parecia morto. Estava dormindo. Rosto sereno. Tranquilo. Nenhuma sombra de angústia sofrida. Sabe, Miguel, até parecia mais jovem, mais recuperado, impecável. Nunca um morto. Isso não parecia. Parecia estar a sonhar um sonho de criança. Parecia diante da vitória conquistada, ele, o herói da grande batalha.

            “Morreu o Martinho... Nosso velho Martinho... Figura singular. Alma inofensiva. Artista feito de arte dada por Deus, arte que nunca perdeu, que nunca negociou...

            “Miguel, você sabe o quanto o Martinho foi grande para a nossa cidade. Criou, na sua música, quantas gerações, quantas? O Martinho é um pedaço de Balsas, insubstituível, está na lembrança de todos nós. Morreu como um gigante, no campo de honra, abraçado com o seu inseparável companheiro, o velho saxofone, que dele em vida recebeu, como prêmio, seu último sopro. Balsas está chorando a partida do Martinho, seu grande amigo, retrato de sua alma, o maravilhoso artista do povo, que pobre e simples se impôs às gerações que o conheceram como um autêntico campeão.

            “Caro Miguel, amigo e companheiro, essa a notícia que esta carta lhe leva. Guardemos com carinho em nossas lembranças a figura do Martinho. Ele é digno de todos os balsenses. Merece o reconhecimento de nossa cidade que tanto amou. Rezemos por ele, que teve entre nós a imagem de um justo.

            “Um abraço. (a) Paulo Fonseca”

 

            A partitura do dobrado Padre Cícero, composição de Martinho Mendes, constante das duas páginas a seguir, foi digitalizada pela Professora Silvana Maria Sócrates Teixeira, da Escola de Música de Brasília, baseando-se única e exclusivamente na melodia que lhe solfejei.

 

            A Escola de Música Leonizard Braúna, homenagem a outro grande musicista, o Beethoven do Sertão, que conheci já em minha fase adulta e que tocava com perfeição saxofone, trombone, clarineta, pistom e gaita de boca, constitui-se, atualmente, no grande celeiro musical de Balsas.

 

            E é a esses jovens artistas que exorto a incluírem Padre Cícero em seu repertório. Que melhorem a atual partitura, façam arranjos, e, mais que isso, prestem, nas solenidades cívicas, nas retretas, ou em qualquer lugar, um preito de gratidão a esse homem que nos legou tão bela marcha militar.

 

            Assim, Martinho Mendes permanecerá para sempre na memória do povo balsense!

 

            Será, portanto, um tipo inesquecível!

 

Ouçamo o dobrado Padre Cícero, com a Fanfarra do 1º Regimento de Cavalaria de Guarda

 

BALSAS, CIDADE SORRISO, SAMBA DE MARTINHO MENDES E CAIXEIRO VIAJANTE DESCONHECIDO

 

 

 

 


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