Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Música Nordestina quarta, 19 de outubro de 2022

MARINÊS, A PIONEIRA DO FORRÓ
MARINÊS, PIONEIRA DO FORRÓ

Raimundo Floriano

 

 

Marinês

(16.11.1935 – 14.05.2007)

 

                        Mulher corajosa! Mulher talentosa! Mulher pioneira no Forró!

 

                        Com seu aparecimento, ainda na década de 50, deu início à era feminina na atividade forrozeira, saindo dos palcos e dos estúdios e ganhando as ruas, as estradas, o planeta.  Muito contribui para isso seu casamento com o sanfoneiro e compositor Abdias Filho. Formando o conjunto Marinês e Sua Gente, percorreu todo o Brasil, encantando, maravilhando, extasiando com aquela nova roupagem que dava a um ritmo até então quase que exclusivo do sexo masculino, onde dominavam o machismo e o preconceito.

 

                        Atuou com todos os medalhões da época, como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Zito Borborema e Miudinho. Vocês já ouviram falar de Zito e Miudinho? Não? São os dois, que juntamente com o sanfoneiro Dominguinhos, formaram o primeiro Trio Nordestino, com Zito no vocal e no triângulo e Miudinho no zabumba.

 

                         Com Marinês, surgiu a malícia no forró. Peba na Pimenta, de João do Vale, José Batista e Adelino Rivera, trouxe esse tempero especial que, daí pra frente, floresceu e se consolidou. A multidão ia à loucura nas praças quando, após sua interpretação do Peba, berrava, perguntando em uníssono:

 

                        – Ardeu, Benta?

 

                        Marinês respondia, lá do palco, ao microfone:

 

                        – Ardeeeeeu!

 

                        Novamente a turba:

 

                        – Mas tu gostou?

 

                        E ela:

 

                        – Gosteeeeei!

 

                        Marinês Caetano de Oliveira nasceu em São Vicente Férrer (PE), a 16.11.1935 e faleceu no Recife (PE), a 14.05.2007.

 

                        Seu vasto repertório ficou na memória de todos os curtidores do Forró, como, além de Peba na PimentaBalanceiro da Usina, arrasta-pé de João do Vale e Abdias, Quatro Cravos na Lapela, rojão, de Jarbas Maria e Cátia França, Siriri, Sirirá, arrasta-pé, de Onildo Almeida, Jeito Manhoso, rojão, de Nando Cordel, Chamego na Farinha, rojão, de Cecéu, Siu, Siu, Siu, arrasta-pé, de Onildo Almeida, Forró Pé-de-chinelo, rojão, de Cecéu, Ora, Viva São João, arrasta-pé, de Antônio Barros, Forrobodiado, rojão, de Onildo Almeida, dentre outros.

 

                        Pesquisando em todas as Comunidades orkutianas relacionadas com o forró e no site 4Shared, cheguei à conclusão de que a música do repertório de Marinês mais pedida em todos os tempos é Siriri, Sirirá, que tenho o prazer de disponibilizar-lhes, para sua audição e deleite:

 

                        E mais estas faixas que a fizeram bem conhecida em todo o Brasil:

 

                        Peba na Pimenta, xote de João do Vale, José Batista e Adelino Rivera:

 

                        Jeito Manhoso, rojão de Nando Cordel, com Marinês e participação de Jorge de Altinho:

 

                        Bate, Coração, xote de Cecéu, depois gravado por Elba Ramalho:

 


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