Não foi nada fácil para Mariah Carey compartilhar com o mundo, em sua autobriografia, os altos e baixos de sua infância e adolescência em família. Num dos trechos mais chocantes da obra "The meaning of Mariah Carey" ("O significado de Mariah Carey", em tradução livre"), que acaba de ser lançada, a cantora relembra a difícil relação com os irmãos. A começar por Alison, oito anos mais velha.
"Quando eu tinha 12 anos, minha irmã me drogou com Valium (um remédio antidepressivo), me ofereceu uma unha cheia de cocaína, me causou queimaduras de terceiro grau e tentou me vender para um cafetão", escreve Mariah.
A estrela acredita que um dos amigos da irmã, chamado John, era o tal cafetão. Um dia, Alison a deixou sozinha com ele num carro. Ao tentar de desvencilhar de um abuso, foi salva por um idoso que passava na rua. "Eu memorizei o rosto dele naquele momento", escreveu ela, deixando claro ainda ser grata pelo salvamento.
Mariah conta que, muitas vezes, a irmã jogava chá quente nela.
"Alison me queimou de muitas maneiras e mais vezes do que posso contar. Repetidamente, tentei ser o corpo de bombeiros dela, financiando tratamentos e pagando estadias em centros de reabilitação. Mas, mesmo com recursos substanciais, não há como resgatar alguém que não percebe que está queimando."
O irmão também foi tema de alguns paragráfos do livro. Mariah, terceira filha de um casal que se separou quando ela tinha apenas 3 anos, relembra de brigas homéricas entre Alfred, o pai, e o irmão, Morgan. Numa delas, foi preciso 12 policiais para contê-los.
"Quando meu irmão estava por perto, não era incomum ele fazer buracos nas paredes ou outros objetos voarem", ela conta.
Quando tinha 6 anos, viu o mesmo irmão agredir a mãe e ligou para a única amiga da família que sabia o número. Quando a polícia chegou, ela lembra de ter ouvido:
"‘Um dos policiais, olhando para mim, mas falando com outro ao lado dele, disse: 'Se esse garoto conseguir, será um milagre',.