A Maratona Brasília já faz parte do calendário oficial das festividades do aniversário da cidade. Neste ano, a largada será em frente ao Museu Nacional da República. Com trajetos de três, cinco, 10, 21 e 42 quilômetros, os atletas vão passar pelos principais pontos turísticos da capital do Brasil, como a Esplanada dos Ministérios, Praça dos Três Poderes e a Ponte JK.
A novidade da edição de 2024 é que serão dois dias de evento, 20 e 21 de abril, o que inclui um desafio para os apaixonados por corrida de rua. O atleta que se inscrever e completar no dia 20 (sábado) a meia maratona (21km) e, no dia seguinte, completar a maratona (42km) ganhará uma terceira medalha, a exemplo do que já ocorre em diversas competições do tipo mundo afora.
As inscrições estão abertas e são feitas no site do Correio Braziliense. A taxa varia de R$ 55 a R$ 280, a depender do percurso escolhido. Os inscritos na competição ganham um kit atleta, contendo camiseta, sacochila, viseira, número de peito e medalha (pós-prova).
A Neoenergia é uma das patrocinadoras da Maratona Brasília 2024. "Dentro da cultura da Neoenergia, o esporte é uma poderosa ferramenta de inclusão e transformação social. Antes da Maratona Brasília, a companhia já promoveu, na Bahia, o Neoenergia Night Run", lembra o diretor de marketing da distribuidora, Lorenzo Perales. "Eventos como esse no DF reforçam nosso compromisso com o incentivo ao esporte e o impacto social nas áreas em que atuamos. Isso sem falar que é uma maneira de aproximar ainda mais a marca dos clientes", finaliza o executivo.
Paixão
Edva Paula Monteiro da Costa, 59 anos, mais conhecida como Paulinha, nunca se deixou abater pela fratura no fêmur, que ocorreu enquanto corria o trajeto de 42 quilômetros da Maratona de Lisboa, em 2016, a 32ª da vida dela. Em 2018, voltou a praticar a corrida de rua, uma paixão da pedagoga. Por conta do machucado, ela não pode mais correr a maratona inteira, mas recebeu a autorização dos médicos para fazer o percurso de 10 quilômetros, o mesmo que fez na Maratona Brasília 2023.
Ela influenciou toda a família com o amor ao esporte. Até as netinhas de 3, 6 e 8 anos calçam o tênis para correr. Paulinha é uma das fundadoras do Associação de Corredores de Rua do Distrito Federal (CORDF), que reúne atletas na missão de incentivar a prática na rua e em pista. "A corrida significa energia pura, alegria, felicidade e a oportunidade de conhecer novas pessoas. A galera da corrida tem uma energia diferenciada", afirma a atleta, que se prepara com treinos de corrida, musculação e pilates para se superar no percurso de 10km.
Democrático
A diplomata aposentada Liliana Korniat, 61 anos, quer enfrentar o desafio de correr os dois dias da Maratona Brasília. "A cidade é ótima, mais plana, não tem muitas subidas, e eu já conheço o percurso. É um evento muito bem organizado", observa Korniat. A atleta vê na corrida de rua uma opção democrática de esporte. "Precisa nem comprar um tênis caro para correr, além de proporcionar o contato com as pessoas e com a natureza. É diferente de correr em uma esteira na academia", analisa.
A trajetória da argentina no esporte passou pelo incentivo do filho, que encontrou na corrida uma saída para o abuso de álcool e drogas. "Foi isso que o colocou nos trilhos novamente. E gostaria de destacar o apoio dos colegas ao desenvolvimento dele na corrida. É um esporte muito legal, de praticantes muito gente boa", ressalta.
De acordo com Liliana, o segredo para começar a correr é simples: "Tem que querer e criar uma rotina de treino. Começa caminhando, depois trotando e depois correndo. O foco da corrida é no próprio potencial, sem muita importância para a competição em si", sustenta.