Abril está chegando e, com isso, crescem as expectativas para a Maratona Brasília 2023. A principal corrida de rua da capital federal voltará a ocupar as pistas da cidade após 25 anos de interrupção. Disputada de 1991 a 1998, a tradicional prova de 42km caiu nas graças do povo, transformou atletas em heróis e montou o próprio álbum de vencedores, formado não por figurinhas, mas por figurões.
O mais "próximo" do tempo de Valdenor dos Santos foi Elisvaldo Rodrigues de Carvalho, em 1998. O maranhense completou os 42,195km em 2h19min35s. Naquele ano, o corredor do Distrito Federal começou bem, brigou pelas primeiras posições, mas desistiu da prova com 1h15min15s e deu adeus à possibilidade do bicampeonato em casa.
Correr em Brasília é sinônimo de satisfação para os candangos, ainda mais após as restrições impostas pela pandemia de covid-19. Valdenor conta que a interrupção das provas pelo país o deixou desanimado. "A pandemia de covid-19 atrapalhou muitas corridas pelo mundo. Agora que estão começando a voltar. O atleta sente falta. Graças a Deus, está voltando à normalidade. Foi muito difícil para mim, pois parei de treinar um pouco, busquei lugares com pouca movimentação, mas não era a mesma coisa", compartilha.
Aos 54 anos, Valdenor dos Santos esbanja fôlego e disposição. "Treino quase todos os dias. Não paro, tento sempre dar uma corrida entre 5km e 10km. Nos fins de semana, corro de 15km a 20km. Tudo isso no tempo máximo de 1h a 1h20min", explica.
A corrida é uma das paixões de Valdernor. Afinal, abriu portas para que ele conhecesse vários países. "A corrida é muito importante para mim. Graças a ela, viajei o mundo todo, conheci várias culturas. Fui ao Japão, Estados Unidos, Grécia, Espanha, Alemanha e muitos outros países. Tudo graças ao esporte. Não tem dinheiro que pague isso", discursa.
Experiente, Valdenor deixa uma dica importante para quem deseja correr, seja por hobbie ou por competição. "É bom começar com o pensamento na qualidade vida, correr sem preocupação nenhuma, pelo esporte, para curtir a prova e o momento sem preocupação, sem pensar em tempo. Tudo vai acontecendo naturalmente, tomando gosto pela corrida. No início, é bom estar sempre descontraído. Cobrança nunca é bom", frisa.