Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quinta, 01 de outubro de 2020

MANSUR: COMO O FLAMENGO ALTEROU SEU ESTILO

 

Mansur: Como o Flamengo alterou seu estilo e se transformou na goleada pela Libertadores

Rubro-negro se adaptou ao Del Valle para aplicar 4 a 0 e se classificar às oitavas
 
Flamengo aplicou 4 a 0 no Independiente del Valle e se classificou para as oitavas da Libertadores Foto: SILVIA IZQUIERDO / AFP
Flamengo aplicou 4 a 0 no Independiente del Valle e se classificou para as oitavas da Libertadores Foto: SILVIA IZQUIERDO / AFP
 
 

Se uma palavra pode definir a forma como o Flamengo se preparou para enfrentar o rival que lhe impusera sonora goleada em Quito, esta é adaptabilidade. Desde a escalação cheia de desfalques provocados pelo surto de Covid, passando pela maneira como tentou marcar a boa saída de bola dos equatorianos até a decisão de abrir mão de alguns traços mais característicos de seu jogo. Importava pouco ficar com a bola — o time teve só 32% de posse —, mas ser rápido com ela para aproveitar os espaços às costas da defesa equatoriana. Foi assim que o Flamengo construiu a goleada de 4 a 0.

Não foi sempre confortável o primeiro tempo do Flamengo, mas o placar se construiu graças às decisões estratégicas da comissão técnica, que ontem tinha o auxiliar Jordi Guerrero no banco. Em Quito, ao adiantar seus dois meias para marcar os zagueiros do Independiente del Valle e fazer Gabigol pressionar o volante Pellerano na saída de bola, o Flamengo esvaziou seu meio-campo. Ontem, fez diferente.

Primeiro, optou por um 4-2-3-1, com Thiago Maia e Gerson de volantes, Gabigol iniciando na ponta direita e Lincoln na esquerda, com Arrascaeta como o meia central bem próximo do centroavante Pedro. A ideia era que os dois homens de frente fizessem uma pressão que nem sempre tentava o desarme. Ela variava de acordo com o dono da bola. Se ela estava com o goleiro ou com um dos zagueiros, a ideia era vigiar e cortar as linhas de passe até Pellerano, ficando entre ele e a bola. Ou seja, tirar seu conforto no primeiro passe. Por vezes, com ajuda de um dos homens pelos lados, que vigiavam os laterais. Além disso, havia sempre os volantes Thiago Maia e Gerson ocupando o meio-campo.

Bruno Henrique marcou duas vezes na vitória do Flamengo sobre o Independiente del Valle Foto: CARL DE SOUZA / AFP
Bruno Henrique marcou duas vezes na vitória do Flamengo sobre o Independiente del Valle Foto: CARL DE SOUZA / AFP

 Não que tenha sido um plano perfeito, porque o Del Valle, bom com a bola, teve suas chances - o Flamengo permitiu 21 finalizações ao adversário. Hugo Neneca fez ao menos duas defesas difíceis.

A capacidade e atrevimento do Del Valle, somada à decisão do Flamengo de explorar o que o rival tem de pior, tornaram o jogo atraente, com chances de lado a lado. E a qualidade técnica fez o Flamengo aproveitar as suas e chegar aos 2 a 0 antes do intervalo.

 O que fez o Flamengo? Decidiu que a posse de bola, desta vez, não era primordial. Alterou estilo e jogou explorando os espaços concedidos por um Del Valle que combinava defesa adiantada e pouca pressão no meio-capo: um convite. A ordem era ser o mais vertical possível quando tinha a bola, chegar ao gol em poucos passes e, em sua maioria, em profundidade. Foi assim que Arrascaeta e Lincoln perderam as primeiras oportunidades. Até que vieram os gols, sempre graças à intenção de ser vertical com a bola. Uma reposição de Neneca achou Pedro e, dois passes depois, o lance era finalizado por Lincoln. Quatro minutos depois, aos 29, uma bola longa de Thiago Maia venceu outra vez a linha alta da defesa do Del Valle e Gabigol deu o 2 a 0 a Pedro. A esta altura, Gabigol fazia o centro do ataque com Pedro e Arrascaeta passara para a direita, algo mais próximo de um 4-4-2. A alternância se deu em vários momentos.


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