Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense domingo, 24 de fevereiro de 2019

MADURO ROMPE COM A COLÔMBIA

 


VENEZUELA 
 
Maduro rompe com a Colômbia
 
Em dia marcado por violentos confrontos na fronteira, com mais de 200 feridos, o presidente chavista corta as relações diplomáticas com Bogotá e expulsa os diplomatas. Comboios de ajuda humanitária ficam retidos

 

Publicação: 24/02/2019 04:00

Maduro discursa para milhares de simpatizantes, em Caracas: ataques ao governo colombiano e ao  

Maduro discursa para milhares de simpatizantes, em Caracas: ataques ao governo colombiano e ao "fantoche" Juan Guaidó

 

 
A ajuda humanitária não passou, mas a face mais violenta do impasse político na Venezuela chegou às fronteiras com o Brasil e a Colômbia, onde manifestantes contrários ao presidente Nicolás Maduro enfrentaram as forças de segurança — à distância de metros dos marcos de divisa —, ergueram barricadas e incendiaram veículos e postos aduaneiros. Embora tenham sido registradas três mortes na região fronteiriça brasileira (leia abaixo), a violência foi mais intensa nas pontes que ligam o território venezuelano à cidade colombiana de Cúcuta, com saldo de ao menos 285 feridos. E teve resultado político dramático: discursando para milhares de simpatizantes, em Caracas, Maduro anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Colômbia e expulsou todos os diplomatas do país vizinho.
 
“Decidi romper todas as relações políticas e diplomáticas com o governo fascista da Colômbia, e todos os seus embaixadores e cônsules devem partir da Venezuela em 24 horas. Fora daqui, oligarquia!”, proclamou o presidente chavista. A Colômbia é o segundo país com o qual o governo de Caracas rompe relações desde que o líder oposicionista Juan Guaidó foi proclamado presidente interino pela Assembleia Nacional, em 23 de janeiro. No mesmo dia, Maduro anunciou o rompimento com os Estados Unidos, em resposta ao reconhecimento imediato de Guaidó pelo presidente Donald Trump. Colômbia e Brasil estão também entre os primeiros dos 50 países que hoje reconhecem o presidente interino.
 
Empenhado em se contrapor à mobilização dos adversários em torno da ajuda humanitária, no dia marcado por Guaidó para a entrada dos donativos, o presidente chavista promoveu na capital uma grande manifestação de apoio — e elegeu o mandatário colombiano como alvo principal. “Você é o diabo, Iván Duque. Você é o diabo, e você secará por se meter com a Venezuela”, ameaçou. “Vade retro satanás, fora daqui, diabo!” Maduro dirigiu ofensas também ao líder oposicionista, que se deslocou a Cúcuta para acompanhar a operação humanitária. “Estamos esperando pelo senhor fantoche, palhaço, fantoche do imperialismo americano e mendigo”, disparou.

Venezuelanos lançam pedras contra as forças de segurança na ponte internacional entre Cúcuta (Colômbia) e Ureña (Raul  Arboleda/AFP)  

Venezuelanos lançam pedras contra as forças de segurança na ponte internacional entre Cúcuta (Colômbia) e Ureña

 



Em reação inicial, o governo de Bogotá reiterou que não reconhece como presidente da Venezuela o chavista, a quem chamou de “usurpador”, e por isso ignora o anúncio. “Maduro não pode romper relações diplomáticas que a Colômbia não tem com ele”, tuitou a vice-presidente Marta Lucía Ramírez. O chanceler Carlos Holmes Trujillo lembrou que Guaidó “convidou os funcionários diplomáticos e consulares colombianos para que permaneçam em território venezuelano”, e advertiu o governo de Caracas a garantir a sua segurança. “A Colômbia culpa o usurpador Maduro por qualquer agressão ou desconhecimento dos direitos que as autoridades colombianas têm na Venezuela”, afirmou.
 
Batalha campal
 
A fronteira entre os dois países, fechada pelo governo de Caracas, transformou-se ao longo do dia em campo de batalha, em especial nas pontes que ligam localidades venezuelanas à cidade colombiana de Cúcuta. Dois caminhões chegaram a passar com remédios e alimentos não perecíveis em direção à cidade de Ureña, onde foram incendiados por grupos paramilitares chavistas — segundo denunciaram políticos oposicionistas. “As pessoas estão salvando a carga do primeiro caminhão e cuidando da ajuda humanitária que Maduro, o ditador, mandou queimar”, denunciou a deputada Gaby Arellano, que disse haver 15 feridos leves por balas de borracha e afetados por gás lacrimogêneo.
 
“Nossos voluntários corajosos estão formando uma corrente para salvaguardar a comida e os medicamentos. A avalanche humanitária é incontrolável”, assegurou Guaidó. Ele foi acompanhado em Cúcuta por Iván Duque e pelos presidentes do Chile, Sebastián Piñera, e do Paraguai, Mario Abdo, além do secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro. Guaidó saudou a deserção de 23 integrantes da Guarda Nacional venezuelana que cruzaram para o lado colombiano. O presidente interino reiterou a oferta de anistia aos militares que abandonarem Maduro.
 
Até o início da noite, manifestantes erguiam barricadas com placas de sinalização do lado colombiano da ponte entre Cúcuta e Ureña. Com apoio também de civis colombianos, grupos atacaram e incendiaram um posto de imigração e atiraram pedras contra as forças de segurança venezuelanas, que responderam com gás lacrimogêneo e balas de borracha.
 
 
 
“Você é o diabo, Iván Duque. Você é o diabo, e você secará por se meter com a Venezuela”
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, dirigindo-se ao mandatário colombiano
 
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