Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Carlos Eduardo Santos - Crònicas Cheias de Graça terça, 30 de maio de 2023

MACACHEIRA MAL CHEIROSA (CRÔNICA DE CARLOS EDUARDO SANTOS, COLUNISTA DO ALMANAQUE RAIMUNDO FLORIANO)

 

MACACHEIRA MAL CHEIROSA

Carlos Eduardo Santos

Os mais velhos – não se pode negar – são “professores de vida”. Devemos, portanto, estar atentos para sempre que possível transmitir aos nossos pósteros os valores que a vida nos ensina. Sobremodo em termos de precaução.

Eu, a exemplo, nos meus saudáveis 85 anos, ainda consigo com facilidade escrever meu besteirol aqui e ali, costumo sair sozinho, mas sempre estou dizendo à minha santa esposa – coitada, sofrida pelos 32 anos de convivência matrimonial – que estou começando a ficar velho.

Hoje confirmei. A PVC chegou! (Porcaria da Velhice Chega).

Ela estava no banho e havia deixado uma panela no fogão, com o fogo aceso, pois colocara uma macaxeira para ser saboreada durante o jantar, e pressentiu que estava na hora de fechar o gás. Aí apelou:

– Meu filho, – olhem só; de Meu Velho passei a Meu Filho – apague o fogo da macaxeira, por favor!

Rápido que só um preá, chispei da cadeira em que estava sentado, escrevendo, e fui e fui dar uma rodada no pitôco do fogão. Olhei pelo fundo da panela e vi que a chama se apagara.

Pra mim tudo certo. Só que, pensei em completar a “operação”, acionando novamente o tal pitôco, reabrindo, assim, o gás. Coisa de velho!

Saindo do banho e depois dos “complementos” ela foi para a cozinha e ao passar por mim, na sala, balbuciou em voz alta:

– Que cheiro diferente tem essa macaxeira!…

Ao chegar à cozinha, identificou a “desgraceira”. O gás estava escapando. Eu havia deixado o pitôco do butano aberto.

Logo que providenciou a solução de fechar o bico, abriu todas as janelas e a porta principal do apê e partiu pra cima de mim espantada, com os olhos arregalados feito uma garoupa do rio Amazonas:

– Meu filho, você está mesmo ficando velho!… Pois não é que deixou o fogão ligado! …

Ao que respondi com a maior seriedade:

Eu já repeti isso várias vezes. Acho que agora você entendeu! Comecei a ficar velho!…

Bendita a “macaxeira mal cheirosa”…!


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