Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense segunda, 21 de dezembro de 2020

MA ÁRVORE PARA CADA VÍTIMA: HOMENAGEM ÀS VÍTIMAS DA COVID-19

Jornal Impresso

UMA ÁRVORE PARA CADA VÍTIMA

Homenagem às vítimas da covid
 
Grupo Gênesis Renascer plantou, ontem, no Parque da Cidade, uma árvore para cada vítima da doença no Distrito Federal, que registrou 409 casos e sete mortes nas últimas 24 horas. Capital federal totaliza 4.145 óbitos pelo novo coronavírus

 

ALAN RIOS

Publicação: 21/12/2020 04:00

Plantio de 500 árvores foi feito próximo ao Estacionamento 4. Mais de 4 mil mudas homenageiam vítimas em diferentes regiões do DF (Ed Alves/CB/D.A Press)  

Plantio de 500 árvores foi feito próximo ao Estacionamento 4. Mais de 4 mil mudas homenageiam vítimas em diferentes regiões do DF

 

 
“Estamos falando de vidas e plantamos vida”, define Edmi Moreira, 52 anos. O gestor ambiental é o idealizador da ação Gênesis Renascer, projeto que promoveu o plantio de uma árvore para cada vítima da covid-19 no Distrito Federal. A ação foi dividida em oito etapas e concluída na manhã de ontem, no Parque da Cidade, quando o grupo plantou 500 árvores próximo ao Estacionamento 4, em um espaço de mais de 2 mil m². Ao todo, 4.100 mudas foram plantadas em diferentes regiões do DF. “Fazemos esse trabalho ambiental há 25 anos, geralmente na segunda quinzena de outubro. Neste ano, lançamos o projeto para homenagear cada pessoa que se foi para a covid”, explica Edmi.
 
O grupo é pequeno, reúne 20 pessoas a cada ação, para evitar aglomerações. “Já passamos por locais como o Taguapark, Parque Três Meninas, Vivencial do Setor O, dentre outros. Realizamos os berços onde serão feitos os plantios, geralmente, uma semana antes, e, depois, plantamos. Tudo é feito de forma humanizada, com muito cuidado, evitando o estresse da planta”, comenta o idealizador. As intervenções foram autorizadas pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram), e o Jardim Botânico realizou a doação de 1.500 mudas. “Plantamos, no Parque da Cidade, ipê-branco, quaresmeiras, angico-do-cerrado, árvore-do-sabão, jenipapo, jacarandá-mimoso e duas paineiras-brancas, que são consideradas umas das mais bonitas do mundo. Todas são plantas do cerrado”, detalha Edmi.
 
Apesar do início de domingo chuvoso, o grupo não desanimou. A estudante Gabriela Lopes, 26, saiu de Samambaia para o Parque da Cidade por conta da importância e do simbolismo do ato. “Isso é muito forte para mim, relembrar quem morreu por conta do vírus. Na pandemia, fiquei muito envolvida com os projetos voltados para a natureza. Percebi que a gente tem que colocar a mão na terra quando quer se reconectar consigo mesmo. Precisamos estar na natureza para isso. Por isso, acordei cedo e vim, entusiasmada”, diz.
 
Memória e família
 
Quem perdeu um ente querido para a doença participou da ação com outro olhar. É o caso de Keile Sousa, 35. A servidora pública perdeu a tia, que faleceu por complicações do novo coronavírus. “Ela já estava debilitada e não resistiu. Então, hoje é uma homenagem a ela. E fazemos isso, também, porque é uma forma de compensar a natureza. Retiramos muito do meio ambiente e plantar é uma forma de retribuir”, avalia Keile. O plantio foi organizado garantindo a formação de “ilhas” e “corredores”, permitindo uma ambientação com espaços para que as árvores cresçam de forma saudável e que o público caminhe entre os espaços. 
 
Vanderlin Castro, 45, participou da atividade com a família. “Penso que estamos homenageando os que morreram por uma doença que ataca, principalmente, o pulmão, e plantamos árvores, que são o pulmão do planeta. É como se fosse uma vacina que também precisamos. Passo isso para meus filhos”, conta.
 

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