O dono do partido que virou bando e o líder da bancada logo estarão juntos na disputa eleitoral que escolherá os síndicos de cela de presídio
O que se viu em Alagoas nesta terça-feira não foi a reconciliação entre Lula e Renan Calheiros – pela simples e boa razão de que nunca foram rompidos os laços de afeto consolidados em 13 anos de cumplicidade. De 2003 para cá, sempre esbanjando harmonia, a dupla fez o diabo no Congresso, fez coisas de que até Deus duvida em campanhas eleitorais e fez bonito no assalto aos cofres da Petrobras. Separados fisicamente, mantiveram-se atados por interesses comuns e pelas trapaças do destino.
Ambos atropelados pela Lava Jato, tanto o chefe do partido que virou bando quanto o senador que lidera a bancada do cangaço estão soterrados por inquéritos e processos. Nada como o medo de cadeia para tornar ainda mais sólidos casamentos bandidos. Nascidos um para o outro, Lula e Renan logo dividirão outro palanque, em busca da vitória na disputa eleitoral que escolherá os novos síndicos das celas de presídio que abrigam a população carcerária.