O ex-presidente pode duplicar rapidamente as chances de presidir não um país, mas um presídio
João Pedro Stédile discursa ao lado do ex-presidente Lula durante a 11ª plenária da CUT
Para o PT, Lula é um perseguido político. Para o advogado Cristiano Zanin, atribuir ao cliente qualquer tipo de pecado é um despropósito que deve ser debitado na conta da parcialidade do juiz Sergio Moro. Para quem vê as coisas como as coisas são, o ex-presidente é um tremendo caso de polícia. E Lula enxerga no espelho uma cópia melhorada de Getúlio Vargas.
Caprichando na pose de herdeiro de Vargas, o chefão do bando voltou a comparar-se ao mítico antecessor. Haja vigarice. Getúlio foi um homem honrado. Lula é desprovido do sentimento da vergonha. Getúlio nunca teve prontuário. Lula é réu em sete processos, num dos quais já foi condenado a nove anos e meio de cadeia. Getúlio saiu da vida para entrar na História. Lula caiu na vida para entrar, em forma de asterisco, na história universal da infâmia.
Neste domingo, uma reportagem do Estadão informou que o hepta-réu da Lava Jato está longe dos limites que pode alcançar. Duas denúncias da Procuradoria-Geral da República podem aumentar para nove as ações penais protagonizadas pela alma viva mais pura do país. Como também avançam investigações sobre outras seis bandalheiras, o campeão pode dobrar as chances de presidir não um país, mas um presídio.