Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quarta, 25 de dezembro de 2019

LIS E MEL: UM NATAL DE GRATIDÃO

 

Um Natal de gratidão
 
Lis e Mel, as irmãs siamesas que emocionaram o Brasil em 2019, passarão o primeiro Natal em casa recuperadas da cirurgia de separação, feita há sete meses. Procedimento foi inédito no Distrito Federal e o terceiro desse tipo no país

 

» HELLEN LEITE

Publicação: 25/12/2019 04:00

As meninas se vestiram de Mamãe Noel e deram um show de simpatia (Nayara Stival/Divulgação)  

As meninas se vestiram de Mamãe Noel e deram um show de simpatia

 


Sete meses após a cirurgia de separação, as gêmeas siamesas brasilienses Lis e Mel vão passar o primeiro Natal recuperadas com a família. Depois de viver momentos difíceis desde a descoberta da gravidez rara (leia Uma história de superação), a mãe das meninas, Camilla Vieira Neves, 25 anos, conta que este fim de ano terá significado especial. “Meu sentimento é de gratidão e amor por poder passar o Natal super bem com elas”, comemora.

No aniversário de 1 ano, já separadas após a operação médica, elas ganharam uma festa junina (HCB/Divulgação)  

No aniversário de 1 ano, já separadas após a operação médica, elas ganharam uma festa junina

 

Mais crescidas e independentes, as meninas, de 1 ano e 6 meses, ficaram encantadas com a decoração de Natal da cidade. Segundo os pais, elas amam as luzes, as árvores e o Papai Noel. Católica, Camilla também montou um presépio em casa para ensinar que a data vai além de presentes. “Elas ficam olhando o presépio, apontam para Jesus e Maria e os chamam de papai e mamãe. Ensinamos para elas o significado do Natal”, conta, orgulhosa.

As bebês receberam alta médica em junho deste ano do Hospital da Criança de Brasília (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)  

As bebês receberam alta médica em junho deste ano do Hospital da Criança de Brasília

 

Cada data importante, evolução e vitória de Lis e Mel sempre foram comemoradas pela família das meninas. Desde que nasceram, elas ganham, todo dia 1º, um bolo e um tema de “mesversário”. Já tiveram festa com os temas Branca de Neve, Panda, Minnie e Mulher Maravilha. Não seria diferente no Natal. Camilla fez questão de vesti-las a caráter para comemorar o fim de um ano cheio de desafios e conquistas.
 
As fotos das meninas vestidas de Mamãe Noel fizeram sucesso entre os familiares e amigos. O cenário da foto foi todo preparado no tema natalino. Lis e Mel surgiram sorridentes sentadas em um banquinho ao lado de um boneco de neve e uma árvore de Natal ao fundo. Como sempre, as meninas deram um show de simpatia e fofura.
Gêmeas no dia em que se reencontram pela primeira vez depois da cirurgia de separação (Maria Clara Oliveira/HCB)  

Gêmeas no dia em que se reencontram pela primeira vez depois da cirurgia de separação

 



Uma história de superação
 
As meninas nasceram em 1º de junho de 2018, no Hospital Materno-Infantil (Hmib). Elas foram o primeiro caso de gêmeos craniópagos (unidos pelo crânio) registrado no Distrito Federal. O procedimento de separação é de extrema complexidade e foi dividido em 36 etapas, entre as 6h30 do dia 27 de abril e as 2h30 do dia seguinte. Conduzida por uma equipe do Hospital da Criança de Brasília, a cirurgia foi a terceira do país e a décima do mundo. As duas enfrentaram uma maratona de 20 horas. Capitaneada pelo neurocirurgião Benício Oton, uma equipe de mais de 50 pessoas se dedicou à cirurgia delicada, rara e inédita na capital. Lis acordou primeiro, Mel depois, mas saiu primeiro da unidade de tratamento intensivo (UTI). As duas se reencontraram em 21 de maio. “Colocamos elas sentadas mais perto e pegaram na mão uma da outra. Acho que foi um momento de paz delas. Foi a coisa mais linda. Finalmente elas estavam ali, juntinhas. Elas ficaram se olhando, como se estivessem se reconhecendo”, contou Camila à época. Após sete meses, Lis e Mel se recuperam bem e frequentam, duas vezes por semana, a Escola de Educação Precoce do Governo do DF, que é um serviço de atendimento a crianças que nasceram com alguma deficiência física ou cognitiva ou de forma precoce. Elas também têm uma rotina de sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. As meninas já andam sozinhas e, aos poucos, estão aprendendo as primeiras palavras.
 
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