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As meninas se vestiram de Mamãe Noel e deram um show de simpatia
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Sete meses após a cirurgia de separação, as gêmeas siamesas brasilienses Lis e Mel vão passar o primeiro Natal recuperadas com a família. Depois de viver momentos difíceis desde a descoberta da gravidez rara (leia Uma história de superação), a mãe das meninas, Camilla Vieira Neves, 25 anos, conta que este fim de ano terá significado especial. “Meu sentimento é de gratidão e amor por poder passar o Natal super bem com elas”, comemora.
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No aniversário de 1 ano, já separadas após a operação médica, elas ganharam uma festa junina
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Mais crescidas e independentes, as meninas, de 1 ano e 6 meses, ficaram encantadas com a decoração de Natal da cidade. Segundo os pais, elas amam as luzes, as árvores e o Papai Noel. Católica, Camilla também montou um presépio em casa para ensinar que a data vai além de presentes. “Elas ficam olhando o presépio, apontam para Jesus e Maria e os chamam de papai e mamãe. Ensinamos para elas o significado do Natal”, conta, orgulhosa.
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As bebês receberam alta médica em junho deste ano do Hospital da Criança de Brasília
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Cada data importante, evolução e vitória de Lis e Mel sempre foram comemoradas pela família das meninas. Desde que nasceram, elas ganham, todo dia 1º, um bolo e um tema de “mesversário”. Já tiveram festa com os temas Branca de Neve, Panda, Minnie e Mulher Maravilha. Não seria diferente no Natal. Camilla fez questão de vesti-las a caráter para comemorar o fim de um ano cheio de desafios e conquistas.
As fotos das meninas vestidas de Mamãe Noel fizeram sucesso entre os familiares e amigos. O cenário da foto foi todo preparado no tema natalino. Lis e Mel surgiram sorridentes sentadas em um banquinho ao lado de um boneco de neve e uma árvore de Natal ao fundo. Como sempre, as meninas deram um show de simpatia e fofura.
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Gêmeas no dia em que se reencontram pela primeira vez depois da cirurgia de separação
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Uma história de superação
As meninas nasceram em 1º de junho de 2018, no Hospital Materno-Infantil (Hmib). Elas foram o primeiro caso de gêmeos craniópagos (unidos pelo crânio) registrado no Distrito Federal. O procedimento de separação é de extrema complexidade e foi dividido em 36 etapas, entre as 6h30 do dia 27 de abril e as 2h30 do dia seguinte. Conduzida por uma equipe do Hospital da Criança de Brasília, a cirurgia foi a terceira do país e a décima do mundo. As duas enfrentaram uma maratona de 20 horas. Capitaneada pelo neurocirurgião Benício Oton, uma equipe de mais de 50 pessoas se dedicou à cirurgia delicada, rara e inédita na capital. Lis acordou primeiro, Mel depois, mas saiu primeiro da unidade de tratamento intensivo (UTI). As duas se reencontraram em 21 de maio. “Colocamos elas sentadas mais perto e pegaram na mão uma da outra. Acho que foi um momento de paz delas. Foi a coisa mais linda. Finalmente elas estavam ali, juntinhas. Elas ficaram se olhando, como se estivessem se reconhecendo”, contou Camila à época. Após sete meses, Lis e Mel se recuperam bem e frequentam, duas vezes por semana, a Escola de Educação Precoce do Governo do DF, que é um serviço de atendimento a crianças que nasceram com alguma deficiência física ou cognitiva ou de forma precoce. Elas também têm uma rotina de sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. As meninas já andam sozinhas e, aos poucos, estão aprendendo as primeiras palavras.