Frente (foto antiga) do Liceu do Ceará
Hoje, quarta-feira, 17 de outubro de 2018, peço licença aos amigos que aparecem por aqui, para dar uma “curiada” nas linhas que escrevo, pois me rendo e me entrego totalmente numa homenagem especial.
Bato continência, e agradeço os 7 anos que essa instituição de ensino me abrigou, e me deu a honra de fazer parte da sua bela e edificante história. Falo do LICEU DO CEARÁ, nos dias de hoje conhecido como Colégio Estadual Liceu do Ceará.
Na próxima sexta-feira, 19, o Liceu completará 173 anos de fundação e de magnífico trabalho prestado à educação cearense e brasileira. Fundada no dia 19 de outubro de 1845, a secular instituição de ensino está situada na Praça Gustavo Barroso desde a sua fundação até os dias atuais.
Por essa instituição pública de ensino passaram inúmeras personalidades que têm referência na boa construção do Estado do Ceará, do Brasil e do mundo. Não há como nominar todos, haja vista que incontáveis gerações tiveram a honra de frequentar suas salas de aulas.
Parte interna do Liceu do Ceará – estudei dois anos nessa sala ao lado direito da escada na foto
O Liceu do Ceará se transformou na mais importante e melhor instituição pública de ensino do Estado, mantendo os melhores e mais renomados professores. Disciplina rígida, grade curricular de excelência, e, por mais de duas dezenas de anos, dirigida pelo magnífico Professor Boanerges Cysne de Farias Sabóia.
Professor Boanerges era rígido ao extremo – mas era igualmente justo e ao mesmo tempo amigo dos funcionários, dos professores e dos alunos. Não fora assim, não teria permanecido tanto tempo na direção desse colégio.
Professores importantes foram tantos que, com a memória já iluminada pela idade, correria o risco de cometer algumas injustiças por omissão de nomes. Mas, como esquecer Padre Hélio e Professor Osvaldo, ambos professores de Latim? Como não lembrar do Professor Mamede, um mestre nas aulas de Matemática? Como esquecer de Sigefredo Pinheiro, professor de Química; de Euclides Tupá Milério, professor de Francês; ou de Caio, professor de Geografia Geral e do Brasil?
Como esquecer Orlando Leite, professor de Canto Orfeônico; Dilson, professor de Desenho?
Ao lado da esposa, o Professor Boanerges, eterno e querido Diretor do Liceu do Ceará
Entrei para o “cast de estrelas” do Liceu do Ceará em janeiro de 1958, para cursar a então primeira série Ginasial. Nunca fui “reprovado”. Assim, saí ao final de 1964, após concluir o curso Científico.
As duas melhores lembranças do Liceu do Ceará:
1 – As exageradas presepadas que fazíamos nos ônibus da linha Jacarecanga: os alunos do Liceu, por decisão própria, não pagavam passagens;
2 – Não adiantava “colar” em nenhuma prova escrita: havia a prova oral a cada final de ano. O aluno tinha que saber o que foi ensinado. Caso contrário, seria “reprovado”.