08 de novembro de 2021 | 05h00
O Palmeiras está pronto para decidir a Libertadores com o Flamengo. Faltava um pouco de Rony. Não falta mais. Ele fez três gols contra o Santos na Vila Belmiro para valer apenas um porque os outros dois foram marcados em jogadas irregulares, o que não reduz o apetite mostrado na partida em que o Palmeiras ganhou por 2 a 0. São 19 dias para o encontro em Montevidéu, no Uruguai, em confronto único. Portanto, pouco mais de duas semanas.
Neste momento, o Palmeiras está melhor do que o Flamengo, emplaca cinco vitórias seguidas no Brasileirão e, como time, consegue resolver com mais facilidade do que o rival do Rio os resultados de seus jogos na competição nacional.
Não tem jogador cansado ou estourado no departamento médico que não fique em pé até o dia 27. Há opções no banco de reserva com bastante qualidade para mudar esquemas táticos e distribuição em campo. E tem nos 11 escolhidos, por exemplo, para derrotar o Santos, jogadores ligados, entrosados e que esbanjam técnica. Estão ainda com boa cabeça, como gosta de destacar o técnico Abel Ferreira, e com o nível de confiança lá nas alturas. Se não era favorito, nesse momento as apostas no clube paulista devem crescer.
Costuma-se dizer que um bom time precisa ter uma boa espinha dorsal, com atletas interessantes, firmes e em boa fase. O Palmeiras empilha boas jogadas. Tem bom toque de bola e seus jogadores de frente estão decisivos. Eles oferecem perigo constante ao adversário. Desse ponto de vista, o Flamengo me parece o desafiante na final da Libertadores, até pensando que o Palmeiras é o campeão da última edição do torneio. Mas não somente por isso. O rival do Rio vive problemas internos, tem atletas machucados e a torcida pega no pé do técnico Renato Gaúcho.
O Palmeiras não tem nada a ver com isso e espera tirar proveito dessa condição frágil do Flamengo. O time está pronto em todos os setores do campo.
Weverton é um dos melhores goleiros do Brasil. Em sua partida de número 200 contra o Santos, fez boas defesas e começou jogadas rápidas em ligação direta com Dudu – uma opção de jogo para Montevidéu.
Gustavo Gómez e o lateral Piquerez sustentam a defesa. Zé Rafael é firme e sério. Raphael Veiga e Scarpa combinam feito pão com manteiga. Abel demorou para enxergar isso e achar um jeito de escalá-los juntos. Veiga é regular. Amadureceu. É o principal jogador do Palmeiras, um dos melhores do País. Dudu sabe decidir. Faltava Rony. Não falta mais. O atleta voltou a dar suas piruetas.