Palmeiras bate o Cerro Porteño de virada e soma primeiros pontos na Libertadores
Foto: Paulo Pinto/AFP
Por Ricardo Magatti
20/04/2023 | 23h01Atualização: 20/04/2023 | 23h03
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Em noite de pouca criatividade e muitos erros, bolas paradas garantem vitória alviverde por 2 a 1 sobre os paraguaios
O Palmeiras conseguiu pelo alto a sua primeira - e sofrida - vitória na Libertadores. Contra o Cerro Porteño, o time alviverde saiu atrás, encontrou dificuldades e buscou no segundo tempo o triunfo de virada por 2 a 1 no Morumbi. Em noite de pouca criatividade e muitos erros técnicos, foram as bolas paradas que garantiram a vitória alviverde nesta quinta-feira.
Gustavo Gómez foi protagonista da noite. Raçudo como sempre, o zagueiro fez o gol de empate e deu a assistência de cabeça para Navarro selar a virada e definir o complicado jogo no Morumbi graças ao gol marcado pelo Cerro cedo, aos quatro do primeiro tempo, e da atuação consciente dos paraguaios.
O resultado deixa o Grupo C embolado. Todos os integrantes da chave - Palmeiras, Cerro, Bolívar e Barcelona têm três pontos depois de duas partidas. Na Libertadores, o Palmeiras volta a jogar daqui a duas semanas, diante do Barcelona, no Equador. Antes disso, no domingo, o compromisso é contra o Vasco em São Januário, pelo Brasileirão.
Palmeiras ganhou com dificuldade do Cerro Porteño no Morumbi Foto: Sebastiao Moreira/EFE
Foi um dos piores primeiros tempos do Palmeiras nos últimos tempos. O jogo não fluiu. Com lentidão, não acertou as suas transições ao ataque e sofreu do próprio veneno ao levar um gol fruto de um contra-ataque que começou com erro de Zé Rafael, que voltou trotando e viu Bobadilla abrir o placar aos quatro minutos depois de deixar Luan sem rumo.
O gol sofrido cedo desestabilizou o Palmeiras. Atrapalhou-se na pressa para o buscar o empate e acumulou erros, de passe, de posicionamento e até de domínio. Até finalizou mais que o rival paraguaio, mas com pouco perigo. Abel Ferreira sentiu falta de seu articulador, Raphael Veiga, lesionado, e da garra de Rony, também machucado. E viu Zé Rafael e Gabriel Menino terem péssimas apresentações. Jhon Jhon tentou até ser protagonista, mas não conseguiu.
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Os anfitriões rondaram a área, mas criaram pouco, muito pouco em comparação ao que geralmente produzem. Na verdade, abusaram de cruzamentos, principalmente pela esquerda, com os avanços de Vanderlan, utilizado como um ala.
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No segundo tempo, o cenário foi o mesmo. Piorou até para o Palmeiras à medida que o tempo foi passando. O time de Abel Ferreira confundiu a aceleração com afobação e se atrapalhou no ataque. Não foi dominante e mostrou claro incômodo com a marcação encaixada dos paraguaios.
Mas o empate veio na base da insistência, com a raça e o oportunismo do capitão Gómez. Ele pegou rebote do goleiro Jean em finalização de Artur após falta cobrada por Dudu e mandou para as redes aos 18. E a bola parada originou também a virada. Em nova participação decisiva de Gómez, ele deu assistência de cabeça para Navarro só completar para as redes.
PALMEIRAS 2 X 1 CERRO PORTEÑO
Gols: Bobadilla, aos 4 do 1ºT; Gómez, aos 18, e Navarro, aos 30 do 2ºT.
PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Gómez, Luan e Vanderlan; Zé Rafael, Gabriel Menino (Ríos) e Jhon Jhon (Endrick); Dudu (Breno Lopes), Artur (Garcia) e López (Navarro). Técnico: Abel Ferreira.
CERRO PORTEÑO: Jean; Espínola (Giménez), Piris da Motta, Eduardo Brock e Baez; Bobadilla, Carrascal (Lucena), Aquino e Carrizo (Samudio); Morales (Galeano) e Churín (Fernández Técnico: Facundo Sava.
Juiz: Fernando Rapallini (Argentina).
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Amarelos: Piris da Motta, Churín, Aquino, Marcos Rocha, Artur
Público: 42.340.
Renda: R$ 2.378.284,50.
Local: Morumbi.