Com um jogo na altitude de 3.640m de La Paz pela frente daqui a uma semana, era conveniente que Flamengo construísse uma boa vantagem, contra o Bolívar, pelas oitavas de final da Libertadores, nesta quinta-feira. Foi o que aconteceu, sob muita pressão num Maracanã lotado: o rubro-negro amassou o time boliviano e arrancou o segundo gol da vitória por 2 a 0 (gols de Luiz Araújo e Léo Pereira) já no finalzinho da partida. Mas com a lesões de Pedro e Gabigol como episódios preocupantes da noite.
O desenho do jogo era claro desde o primeiro minuto. Um Flamengo com muitas armas ofensivas criou um volume intenso de jogo contra os bolivianos, que tentavam resistir e sair nos contra-ataques. No primeiro tempo, em especial, o Bolívar abusou das faltas para parar as jogadas rubro-negras pelo meio. Mas não evitou chegadas muito perigosas no ataque.
O primeiro gol, porém, veio de jogada construída de pé em pé, em linda troca de passes pelo meio que parou nos pés de Arrascaeta. Ele acionou Pedro, que em belo lançamento, colocou Luiz Araújo na cara do gol. Aquele foi um dos últimos atos de Pedro na partida, que saiu ainda no primeiro com dores musculares na coxa esquerda, para apreensão da torcida no Maracanã. Entrou Gabigol.
O Bolívar, que tentava acionar os brasileiros Bruno Sávio e Fábio Gomes pelas pontas, tinha muitas dificuldades em construir qualquer ação efetiva no jogo. Na primeira etapa, o rubro-negro terminou com 61% de posse de bola e 10 finalizações, contra 4 rubro-negras.
O cenário de domínio se repetiu na segunda etapa. O Flamengo, sob certa apreensão para construir um resultado mais elástico, subiu as linhas, passou a explorar a bola aérea e parava em grande noite do goleiro Lampe.
Mas o paredão do time boliviano não resistiu a Léo Pereira, que subiu mais alto que a defesa boliviana, já no fim do tempo regulamentar. No fim, ainda houve tempo para mais uma preocupação: Gabigol deixou a partida sentindo dores na coxa direita.