Hoje, às 21h30, no Estádio Nilton Santos, começa o primeiro capítulo da semifinal que pode levar o Botafogo ao lugar que o torcedor sempre sonhou: a final da Libertadores. O alvinegro terá pela frente o Peñarol, equipe uruguaia que tentará se defender ao máximo pensando no jogo de volta, na próxima quarta-feira, em Montevidéu. Em outros momentos da temporada, o time de Artur Jorge foi garantia de uma chuva de gols em suas partidas, mas um dos trabalhos mais chamativos do futebol brasileiro tem apresentado um perfil diferente chegando a esta reta decisiva.
- 'Era um gigante adormecido': Líder do Brasileiro e semifinalista da Libertadores, técnico Artur Jorge se derrete por Botafogo
- Libertadores: Peñarol e Atlético-MG lideram multas por festa de torcida; Botafogo se prepara dentro das regras para semifinal
A taxa de sucesso não mudou, pois o Botafogo não perde há 12 jogos — mais de dois meses. Neste tempo, eliminou Palmeiras e São Paulo na Libertadores, e se manteve líder do Brasileirão. Mas a produtividade se alterou — nos dois lados da bola.
Ofensivamente, nos últimos seis jogos, o time marcou só quatro gols, abaixo da média de 1,4 bolas na rede por partida na era do treinador português (63 gols em 43 jogos). Em comparação, nos seis anteriores, havia marcado 12, incluindo na goleada por 4 a 1 sobre o Flamengo, uma das melhores atuações desta temporada.
Por um lado, a boa fase coloca um “alvo nas costas” do alvinegro e tem feito adversários entrarem mais fechados, porém, o Botafogo também contribui negativamente, desperdiçando muitas chances, responsabilidade que recai tanto nos atacantes quanto em peças como o lateral-direito Vitinho, que tem empilhado gols perdidos.
— Vimos que é uma equipe que trabalhou muito perto da sua grande área, quebrou constantemente o ritmo de jogo. Sei das dificuldades que teremos. Eliminatória de “50 a 50” — comentou Artur Jorge na sexta-feira passada, após a partida contra o Criciúma.
Defensivamente, no entanto, a avaliação é diferente. Nos últimos seis jogos, foram apenas dois gols sofridos, três a menos que os cinco no mesmo período anterior. Contra o Fortaleza, um dos melhores ataques de 2024, vitória por 2 a 0.
"Movimento Ninguém Ama Como A Gente" chama atenção com festas na arquibancada
Mesmo composta por nomes menos badalados, a defesa tem contado com boa coordenação entre peças em ótima fase, principalmente, Bastos e Barboza. E se um deles não puder jogar, como aconteceu com o angolano no último fim de semana, Adryelson virou opção recente. As laterais preocupam mais, porque os titulares Vitinho e Alex Telles ainda buscam adaptação, mas o sistema tem experimentado uma solidez geral maior.
Hoje, o time terá força máxima mais uma vez, e só não conta com Júnior Santos — dores na região da tíbia perna esquerda, que fraturou em julho.