Dia 29 de outubro, em Guayaquil, Luiz Felipe Scolari vai disputar pela quarta vez a final da Copa Libertadores. E com o terceiro time diferente. Aos 73 anos, Felipão ostenta conquistas por Grêmio (1996) e Palmeiras (1999), além de um vice-campeonato em 2000, também pelo alviverde paulista. Agora, conduziu o Athletico-PR à decisão continental.
Quis o destino que Felipão eliminasse justamente o Palmeiras, que, com o Grêmio, é o clube de seu coração. Ele não esteve no banco de reservas e assistiu do camarote do Allianz Parque ao Athletico-PR arrancar um empate por 2 a 2 com o atual campeão do continente. O técnico teve de cumprir suspensão pela expulsão no primeiro duelo, na Arena da Baixada, em Curitiba, no duelo de ida, vencida pelos paranaenses por 1 a 0.
Em seu lugar na área técnica esteve um de seus homens de confiança, Paulo Turra. O auxiliar enalteceu o “chefe”, do lado o qual ele disse “se sentir pequeno” tamanha a importância de Felipão para o futebol brasileiro.
“A gente se sente pequeno perto dele, com toda a humildade, porque ele é muito grande, a história dele é muito grande”, afirmou Turra. “Estou com ele desde 2017, mas o conheço há muito tempo, a vida dele também fora de campo é maravilhosa. É uma pessoa do bem e quando acontece isso daí, ele é muito merecedor desse momento que estamos passando”.
Ao contrário das outras vezes, quando também foi campeão, Felipão assumiu o Athletico-PR com a Libertadores em andamento. Era a quarta rodada da primeira fase, a equipe estava na lanterna do grupo e precisou vencer os dois jogos restantes - Libertad por 2 a 0 e o Caracas por 5 a 1 - para permanecer na disputa.
De olho no confronto desta quarta-feira entre Flamengo e Vélez Sarsfield, que vai apontar o adversário na final, Felipão vai tentar garantir o primeiro título sul-americano para a equipe de Curitiba, vice-campeã em 2005, quando perdeu para o São Paulo.