LEVANDO UM LERO SOBRE A ITÁLIA NA CASA DO HOLANDÊS - BASQUIÁ
Robson José Calixto
Me disseram que abriram a loja na 304/305 Norte, há um ano, mas somente a conheci há umas três semanas. Estou falando da Casa do Holandês, que também existe no Guará, especializada em embutidos (principalmente salsichões e linguiças), lombo defumado, presuntos de qualidade superior, frango temperado e recheado, com diversos tipos de temperos (alemão, chimichurri, holandês, entre outros).
Na quinta-feira passada resolvi comprar alguns itens para experimentar, se poderia compor o cardápio de algum jantarzinho em data comemorativa próxima. Já estavam por lá alguns clientes; eu esperando a minha vez. Finalmente, ficamos eu, a atendente e mais um cliente.
A atendente foi em direção ao forno elétrico ao fundo e retirou uma fôrma com carne de porco assada e serviu uns pedaços ao outro cliente. Perguntei o que era, pois estava cheirando muito bem. Ela respondeu que era Porchetta, ou seja, leitoa assada. Ela me serviu uns pedaços para eu, também, experimentar. Gostei, todavia, achei pedaços pequenos.
O outro cliente falou que iria adotar aquele tipo de carne no bar dele. Então falei, que já conhecia o sanduíche de Porchetta, experimentado na cidade de Orvieto, Itália, mas que lá servia a carne em um pão mais quadradão, tipo ciabatta, um pouco mais duro tendendo ao crocante, e massudo.
O outro cliente me perguntou se serviam a carne em cima do pão. Disse que não, que serviam como recheio no pão, de modo farto, que lembrava o nosso sanduiche de pernil. Tudo muito gostoso e bem temperado. Só que a Porchetta era bem grande, muitas vezes encontradas no supermercado e que eles fatiavam para montar os sanduiches.
O outro cliente perguntou que tipo de vinho eu serviria junto com o sanduíche de Porchetta. Não tive dúvida em afirmar que seria um vinho da Puglia, sul da Itália, com a uva tinta Negroamaro, cultivada há mais de 1.500 anos. Ressaltei que que sufixo de Negroamaro, em grego antigo significava Negro, então, a uva era Negro Negro (niger+maru). Existia ainda a Nero D'Avola, porém ambas pouco conhecidas no Brasil, e que podiam ser encontrados, às vezes, nos supermercados. Ele falou que conhecia a uva Negroamaro, que deveria ter na Superadega.
De repente ele me disse que estava reinaugurando a casa dele na 408 Norte, o Basquiá, de burguers e drinks. Então me convidou para a reinauguração, que não eu pude ir pois já tinha outro compromisso naquela tarde. Perguntei o que era antes a casa. Ele respondeu que tinha sido o “Café Senhoritas”, que servia bolos, tortas, salgados.
Nos despedimos. Fiquei de visitar o Basquiá. Ah!, a Porchetta da Casa do Holandês estava muito boa.
Brasília, 29 de julho de 2018