Para o mestre estudioso de filme de faroeste, D.Matt., um apaixonado da Cultura Nordestina
O poeta Leonardo Bastião num recital de poesia em Itapetim-PE, em 2019
No dia 7 de abril de 2020, sob o título de MINHA HERANÇA DE MATUTO, o leitor fubânico JACOB FORTES, residente em Brasília, publicou na seção de Correspondência Recebida do Jornal da Besta Fubana um brilhante texto chamando a atenção do mundo para a genialidade da poesia oral desse gigante versejador, LEONARDO BASTIÃO, cujo nome verdadeiro é LEONARDO PEREIRA ALVES, nascido em ITAPETIM-PE. Analfabeto, residindo até hoje na mesma paragem sertaneja, vale do PAJEÚ – PE, mensageiro de uma poesia tão pura e rica quanto à caatinga em que se esconde há mais de setenta anos de vida.
Ao se deparar com o talento versejador do poeta Leonardo Bastião, em criar versos orais como o cantar do sabiá, o chilrear do galo de campina, o arrulhar do colibri, o cantar da asa branca, o pipiar dos pássaros no sertão ao chover, o alegrar das árvores frondejantes, o chacoalhar das águas dos açudes sangrando para os moleques tibungarem na corrente…, o caboclo sente que o maior segredo do universo está na sua simplicidade, proporcionando a todos a beleza em tudo que se ver e no que não se ver.
O documentário Leonardo Bastião, O Poeta Analfabeto, escrito, produzido e dirigido por Jefferson de Sousa, conterrâneo do vate, traduz em imagens reais a genialidade de um poeta nascido com um dom divino capaz de traduzir oralmente o que fazia por escrito o maior poeta da Língua Portuguesa do final do Século XIX e início do Século XX, Fernando Pessoa, quando cantava sua Aldeia para o mundo em poemas geniais eternos como nenhum outro poeta havia feito antes.
Quem assiste aos vídeos de Leonardo Bastião, nas imagens captadas por anônimos, escritores, fãs, poetas, embevecidos com sua versatilidade em fazer poesias orais instantâneas, em quaisquer lugares da caatinga na sua matutice, não imagina que por trás daquele homem simples, tímido, há um poeta genial que, ao abrir a boca e olhar para qualquer espaço da natureza, embeleza o mundo descrevendo-o com a sua poesia oral, tirando de onde não se tem e botando onde não se cabe.
Por sua virtuose em fazer versos de improvisos geniais, por sua simplicidade sertaneja em não querer reconhecer o talento que tem, pelo ostracismo estigmatizado por morar em casebre de taipa no meio da caatinga, esquecido de todos que poderiam ajudá-lo, principalmente do poder público, por tudo que representa para sua terra natal, o poeta Leonardo Bastião, certamente receberá uma digna homenagem, com inauguração de estátua, nome de praça, de escolas públicas, ruas e avenidas; recitais de poesia em sua homenagem, depois de porem-no no paletó de madeira e jogarem-lhe sete palmos de terra na cara, como nos indigentes da magistral crônica “O Caixão da Caridade.”
a) O Relógio da Vida/A Morte/ Filho Bandido
b) A Infância/A Velhice/O Macaco/E a Cachorra
c) Leonardo Bastião Entre Amigos
d) Leonardo Bastião Recitando Verso Fescenino com o Poeta Zé de Cazuza
e) Leonardo Bastão/ A infância Perdida/ E a Seca
f) Leonardo Bastião: As Flores/O Passarinho/O Defensor da Natureza/Falando nos Animais
g) Leonardo Bastião: O Poeta Analfabeto/Documentário Completo/De Jefferson Sousa