Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense terça, 18 de fevereiro de 2020

LÉO SANTANA: SUINGUE NO CARNAVAL

 

LÉO SANTANA

Depois de estourar com a música Rebolation em 2010, Léo Santana se consolidou como ícone do pagode baiano. Com o "L" como marca registrada, ele tem agenda lotada o ano inteiro.
 (Léo Santana/Divulgação)

Suingue do carnaval
 
Há dez anos, Léo Santana ganhava reconhecimento nacional à frente do Parangolé, ao som de Rebolation. Hoje, tornou-se uma das maiores estrelas da festa

 

Fernando Jordão
Roberta Pinheiro

Publicação: 18/02/2020 04:00

 
 
 
 
Leandro Silva de Santana vendeu frango assado nas praias de Salvador; foi dono de uma barbearia; trabalhou em tendas de coquetéis; tocou percussão; integrou várias bandas na capital baiana até chegar ao Parangolé. Por sete anos, Léo Santana comandou o grupo formado em 1998 e um dos expoentes do estilo pagode baiano. E, justamente, há 10 anos, o conjunto ganhou reconhecimento nacional alavancado pelo sucesso Rebolation.
 
À frente da banda, ele percorreu o Brasil e fez shows na Europa e nos Estados Unidos, além de emplacar canções de sucesso (veja quadro). Em 2014, o Gigante, como é conhecido, deu início à carreira solo.“Sou muito grato por tudo que aconteceu ao longo de todos esses anos. Rebolation me deu frutos sensacionais e foi uma canção que me levou para diversos locais no Brasil. Foi um grande sucesso”, conta em entrevista ao Correio.
 
Desde que saiu em carreira solo, Léo Santana gravou três álbuns. O primeiro, Baile da Santinha, consagrou de vez o sucesso do cantor no Brasil. Com participação da sertaneja Marília Mendonça, o trabalho teve, como singles tocados em festas e rádios, Santinha, Vidro fumê e Um tal de toma. Em seguida, lançou Ao vivo em Goiânia, com inéditas e músicas antigas.
 
Do material, caíram no gosto do público as músicas Encaixa, uma parceria do Gigante com o MC Kevinho; Vai dar PT, cujo clipe foi lançado pela Kondzilla; Crush blogueirinha; e Várias novinhas, eleita uma das músicas do carnaval em 2018 e a mais escutada no período no segmento Axé entre os artistas baianos na Billboard Brasil.
 
No ano passado, realizando uma média de 20 shows por mês, Léo Santana lançou a primeira parte do DVD Levada do Gigante. Com participações de Anitta, Atitude 67, Lauana Prado e o porto-riquenho Jhay Cortez, a gravação teve ingressos esgotados, e o baiano sacudiu o Credicard Hall. O trabalho reuniu 21 músicas, entre elas, 18 canções inéditas e três regravações. Questionado sobre a diferença do Léo Santana de Rebolation para o artista que conduz Levada do Gigante, o baiano atribui o crescimento à maturidade. “Com o tempo vamos ganhando experiência, aprendendo cada vez mais e entendendo melhor cada passo dado. Hoje, eu tenho muito mais maturidade no sentido de lidar com determinadas situações, de condução da carreira, também”, avalia.
 
Apesar de um dos principais nomes do pagode baiano, ao lado de Xanddy, do Harmonia do Samba, e Tony Salles, atual vocalista do Parangolé, o amadurecimento de Léo Santana e a condução que deu à carreira o transformaram em um artista versátil. Quem acompanha um show do Gigante sabe que ele percorre os ritmos baianos, mas também passa pelo funk, pelo sertanejo, pelo pagode. Nesse caminho, Léo Santana também é um dos artistas mais procurados para parcerias musicais. Ele gravou com Ivete Sangalo, Rai Saia Rodada, Ludmilla, Luan Santana, Mano Walter, Simone e Simaria, Felipe Araújo, Thiaguinho, entre outros.
 
“Acredito muito na potência e em como essas parcerias podem render bons frutos. Principalmente, para não me manter na zona de conforto, sabendo que posso caminhar por outros ritmos e a música ser muito bem aceita como Invocada, com Ludmilla e Apaixonadinha, com Marília Mendonça. Graças a Deus, essas parcerias têm rendido resultados muito bons. Acredito que é o conjunto: a própria música, quem está cantando, o trabalho de pós-lançamento. Não existe fórmula pronta. Deixo sempre Deus conduzir e confio”, comenta.
 
Além de emplacar hits e dialogar com uma legião de fãs nas redes sociais — o cantor tem, só no Instagram, mais de 13,5 milhões de seguidores - Léo Santana percorre o país com shows e projetos musicais. Ele conduz o bloco de carnaval fora de época #VemComoGigante, o Baile da Santinha e O Encontro, uma reunião dele, com Tony Salles e Xanddy.
 
Surpresa
 
Com o suingue e a voz que conquistaram o Brasil há 10 anos, o Gigante chega ao carnaval de 2020 com duas canções cotadas à hit do carnaval: Contatinho, com a participação da funkeira Anitta, e Eu não vivo sem ela (eu te amo putaria). O sucesso da primeira, inclusive, espantou o próprio cantor. “Contatinho nos surpreendeu muito. Lançamos a canção em setembro de 2019 e ela vem rendendo até hoje tanto nas plataformas musicais como com o público. Isso me deixa cada dia mais grato, realizado e muito feliz com o andamento de todo esse desempenho positivo. O carnaval do GG promete”, adianta aos risos.
 
Canções lançadas em 2019 seguem fortes neste ano. Além de Contatinho, faixas como Sentadão, parceria de Pedro Sampaio com Felipe Original (conhecido por Hit contagiante) e JS Mão de Ouro; Surtada, de Dadá Boladão, Tati Zaqui e OIK; Combatchy, de Anitta, Lexa, Luísa Sonza e Mc Rebecca; e Amor de Que, de Pabllo Vittar continuam nas playlists do verão e do carnaval. Sem falar no sucesso do brega-funk Tudo ok, Márcia Fellipe com Thiaguinho MT, Mila, Henry Freitas e JS Mão de Ouro.
 
Contudo, uma série de lançamentos musicais chega a cada semana para incrementar a lista da disputa do hit do carnaval. Figuram na competição funk, axé, brega-funk, piseiro, sertanejo, forró e uma mistura de ritmos que se espalha pela folia em todo o país.
 
 
 
Três perguntas Léo Santana
 
 
Brasília será a terceira cidade a receber o projeto ‘O Encontro’, 9 de maio. O que pode nos adiantar do show? Como será essa reunião de Léo Santana, Tonny Salles e Xanddy?
Esse é um show muito especial, porque é uma grande oportunidade de estar com essas duas feras que também são amigos muito queridos no mesmo palco. O Encontro é a representação dessa união e força do pagode baiano como movimento. Tenham certeza que vamos fazer um grande show.
 
 
E o Baile da Santinha, como seguirá em 2020?
Adotamos uma nova identidade visual e, além disso, modificamos a estrutura também. Novos elementos, ativações... o Baile da Santinha está ainda mais completo e com muitas novidades.
 
 
Acha que hoje o pagode baiano tem mais força, principalmente fora da Bahia, que o axé? Por quê?
Acredito que tem espaço para todo mundo.. A música da Bahia é única, né? Tenho certeza que cada um na sua vertente consegue ocupar diversos espaços.
 
 
 
Um ano, um hit na carreira de Léo Santana
 
2010 - Rebolation
 
2011 - Tchubirabiron
 
2012 - Madeira de lei
 
2013 - Dança do arrocha
 
2014 - Nossa cor
 
2015 - Abana
 
2016 - Deboche
 
2017 - Santinha
 
2018 - Várias novinhas
 
2019 - Crush blogueirinha
 
2020 - Contatinho 
 
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