Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Jesus de Ritinha de Miúdo terça, 21 de maio de 2024

LEMBRAR DE NÃO ESQUECER (CRÔNICA DO COLUNISTA JESUS DE RITINHA DE MIÚDO)

 

LEMBRAR DE NÃO ESQUECER

Jesus de Ritinha de Miúdo

O Alzheimer de Papai o faz esquecer de muitas coisas. De alguns nomes, de muitos momentos, de pessoas… Até deste filho que, para ele, aos poucos, tem virado o seu irmão Chaguinha, falecido em 1978.

“Ô Chaguinha, chegou agora de onde? Passou por Acary? Foi lá em casa?”

Cada vez mais alheio à realidade, Papai vai se distanciando de suas lembranças e dos seus prazeres.

A maior parte do tempo, não reconhece sequer a casa onde mora há mais de meio século.

Dia após dia, reclama de não viver mais em nossa amada Acary.

Hoje, me fez prometer que amanhã iremos por lá, digo, visitar Acary.

Depois da promessa, eu tive a curiosidade de lhe perguntar como se chama a cidade (de sua imaginação) onde ele está vivendo. Para minha surpresa, ele respondeu: “Rockefeller”.

Meu Deus! De onde surgiu esse nome na memória de Papai?

Aí, se pôs a comparar a sua megalópole Acary “com essa porcaria de cidade, que nem igreja tem”.

Papai vai esquecendo das coisas. No entanto, eu ainda lembro de não esquecer alguns prazeres dele. E, como não podia deixar de ser, não esqueci de trazer o seu “pão italiano da Bauducco” para o Natal.

Aliás, o Alzheimer não conseguiu ainda fazer com que Papai esqueça essa satisfação. Esse sabor da vida.

Amanhã, nosso café em Rockefeller será mais gostoso. E com esse prazer na alma iremos, ele e eu, à Acary que Papai não esquece.

PS.: Com a satisfação de viver o prazer de Papai, desejo a todos os melhores votos de Boas Festas.

Um Feliz Natal. Um Próspero 2023.

Que Deus nos abençoe sempre.


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