Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo sábado, 27 de janeiro de 2024

LEITURA: QUEM LÊ, VIVE MAIS

 

Por Bradesco Seguros

 

Ninguém duvida que a leitura estimula o raciocínio, ativa o cérebro, aumenta a imaginação e desenvolve a capacidade de concentração. Mas o que poucos sabem é que, com apenas 30 minutos de prática diária, a vida pode se prolongar por até dois anos. Resultado de uma pesquisa realizada pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, batizada de Um capítulo por dia, que acompanhou 3.635 pessoas 50+ durante 12 anos, foi provado que o exercício cerebral diário faz toda diferença quando o assunto é longevidade.

A explicação para isso está na reorganização neurológica que o hábito promove.

— A leitura reforma as funções cognitivas mais complexas do cérebro —, afirma a neuropsicanalista Priscila Gasparini Fernandes, que completa: — Quando a gente lê, estimula o córtex, que está diretamente ligado a pensamentos, memórias e à consciência.

É como se ela consertasse os neurônios que estão funcionando mal, compara Priscila.

E não são só os livros que têm esse poder.

— Qualquer tipo de exercício mental atua na plasticidade do cérebro”, afirma a expert.

Pode ser um jogo de tabuleiro com estratégias, uma reportagem que desperte o interesse do leitor e até uma série escolhida para maratonar. O importante aqui é que a atividade leve no mínimo 30 minutos e que estimule o raciocínio.

— Nosso poder de absorção de informação dura em média 45 minutos — Por isso, as aulas, em geral, têm esse tempo de duração e são seguidas de intervalos — pontua Priscila, acrescentando que essas pausas são fundamentais para resetar o cérebro e prepará-lo para mais um período de aprendizado.

Mas atenção: a leitura de notícias não entra nessa conta.

— Essa é uma função prática, do dia a dia, que não tem efeito profundo. Portanto, não atinge o córtex e não age em funções cognitivas.

De nada adianta também se prostrar em frente à televisão sem prestar atenção direito em nada. O importante, garante a neuropsicanalista, é o raciocínio estar presente na atividade:

— Ler coisas de seu interesse faz com que você aumente o vocabulário, trabalhe as memórias recentes, a remota e a operacional

NA ESTANTE

Datado de 2016, o estudo coordenado pela Universidade de Yale dividiu os participantes em três grupos — os que não tinham o hábito da leitura, os que liam três horas e meia semanais e os acostumados a ler mais de 30 minutos por dia. Doze anos depois, concluiu-se que o grupo intermediário apresentou 17% menos chance de morrer antes do que os avessos à leitura — número que chegou a 23% entre os devoradores de obras literárias.

Segundo Priscila, qualquer assunto que desperte o interesse do leitor vale para prolongar a existência aqui na Terra. A exceção são os contos muito curtos que, a menos que promovam conexões com a vida do leitor, gerem pensamentos lógicos ou associativos, não preenchem os 30 minutos de exercício diário.

Pensando nisso, selecionamos sete obras recentes de sucesso que fizeram a cabeça de muita gente — e podem fazer a sua.

As viúvas passam bem (ed. Folhas de Relva, 121 págs., 2013) Marta Barbosa conta a história de duas viúvas, vizinhas e inimigas, cujos maridos mataram um ao outro em um grotesco duelo sem sentido, no Recife de 1990. O livro — finalista do Prémio Leya, de Portugal — é um romance sobre a beleza frágil do amor. Trata também dos movimentos da vida e do sempre possível recomeço.

A Arte de Gozar: Amor, sexo e tesão na maturidade (ed. Record, 166 págs, 2013) A partir do desejo de compartilhar as lições que aprendeu com grandes mulheres, Mirian Goldenberg escreve sobre amor, sexo, tesão, (in)fidelidade, intimidade, amizade, casamento, borogodó, corpo, envelhecimento e, sobretudo, liberdade. Com base em pesquisas feitas com mais de 5 mil mulheres e homens, a autora nos faz pensar em melhores maneiras de se gozar.

Salvar o fogo (ed. Todavia, 320 págs, 2023) Em Salvar o fogo, Itamar Vieira Junior constrói uma narrativa em que nos tornamos íntimos de seus personagens e nos comovemos com suas trajetórias tão particulares. Épico e lírico, com o poder de emocionar, encantar e indignar o leitor, o romance nos mostra que os fantasmas do passado de uma família muitas vezes não se distinguem das sombras do próprio país.

Rita Lee: Outra autobiografia (ed.Globo Livros, 192 págs., 2023) Um dos maiores nomes da música brasileira, Rita Lee foi diagnosticada com câncer no pulmão, ao mesmo tempo que o mundo passava por uma pandemia. Em um texto franco, ora cru e chocante, ora cheio de ironias, ora sutil e amoroso, Rita não poupa detalhes de seu tratamento. Fala também da rotina, dos avisos do Universo, de seres de luz e dos caminhos que a vida tomou.

As pequenas chances (ed. Todavia, 208 págs. 2023) Inspirada na experiência de Natalia Timerman com a morte do pai, Artur. Se o fim é inevitável, à narradora cabe reconstruir todo esse caminho que, embora dramático, vem carregado de ternura. Em meio à tristeza, ela traz à luz os pequenos gestos, os acontecimentos insignificantes que, vistos pela lente do tempo, formam um retrato belo e doloroso da relação de uma filha com o pai.

Nunca vi a chuva cair (ed. Galera, 224 págs., 2023) A obra de Stefano Volp convida o leitor a entrar no diário e na mente de Lucas, um jovem em busca do próprio caminho em um mundo ao qual parece não pertencer, não importa o quanto tente. Escrito em forma de diário, é um relato intimista e profundo de um jovem descobrindo seu caminho e seu lugar no mundo.

Oração para Desaparecer (ed. Companhia das Letras, 224 págs., 2023) No livro mais vendido da Flip 2023, Socorro Acioli conta a história de uma mulher que, sem lembrança nenhuma de seu passado, precisa reconstruir a vida em um lugar completamente desconhecido, apenas com a língua portuguesa como porto seguro. A obra é uma das histórias possíveis sobre o amor e seu poder de dissolver as barreiras do


Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros