RIO — Há exatos dez anos saía do papel a Operação Lei Seca. Cercada de incertezas e questionamentos da população, a ação teve de conquistar espaço aos poucos. Além do impacto na mudança de hábito dos motoristas do Rio, há resultados que podem ser traduzidos em números. As mortes em acidentes de trânsito no estado caíram, no período, 53%, de acordo com dados divulgados pela Secretaria estadual de Governo. Em 2008, o seguro DPVAT pagou 5.173 indenizações a parentes de vítimas de acidentes fatais no estado. Em 2018, o total de benefícios foi de 2.547.
Desde o início das operações até hoje, mais de 3,6 milhões motoristas foram abordados em mais de 22 mil blitzes em todo o estado. Em dez anos, houve uma redução de cerca de 50% no número de motoristas flagrados dirigindo sob o efeito de álcool.
Como antecipado pelo GLOBO, a operação passará a acontecer de dia e à noite, a Lei Seca 24h. O governo também planeja usar nas blitzes equipamentos capazes de detectar o uso de cocaína e ecstasy. Mas esses aparelhos ainda terão de ser importados.
Desde 2016, o rigor com as infrações também aumentou. O valor da multa subiu para R$ 2.934,70, e a recusa do motorista em fazer o teste do bafômetro passou a ser considerada penalidade.