Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão segunda, 03 de fevereiro de 2020

JUROS GLOBAIS AJUDAM O BRASIL

 

Juros globais ajudam o Brasil

Dinheiro mais barato é importante, no caso brasileiro, para animar a economia, como na maior parte do mundo, e também para limitar o custo e a expansão da dívida pública 

Notas & Informações, O Estado de S. Paulo

03 de fevereiro de 2020 | 03h00

Funcionários do banco central dos Estados Unidos, disse Powell, acompanham cuidadosamente a situação, mas é muito cedo para estimar as consequências econômicas do surto de coronavírus. A mesma ressalva foi apresentada no dia seguinte pelo presidente do Banco da Inglaterra

Também com um dia de diferença os dois bancos centrais anunciaram a manutenção das taxas básicas, entre 1,50% e 1,75% nos Estados Unidos e em 0,75% no Reino Unido. Em dezembro, o Banco Central Europeu havia mantido em zero os juros principais da zona do euro, na primeira reunião sob a presidência de Christine Lagarde, ex-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI). Taxas para depósitos continuaram em -0,25%

 É difícil esperar novos cortes de juros nos mercados mais desenvolvidos, neste ano, se as projeções de crescimento se confirmarem. Segundo o FMI, a economia global deve crescer 3,30% em 2020 e 3,40% em 2021. A expansão em 2019 foi estimada em 2,9%.

Os economistas do Fundo sugerem a preservação de políticas monetárias favoráveis aos negócios, mas a contribuição dos bancos centrais, acrescentam, chegou ao limite. Estímulos adicionais devem caber aos governos, por meio de facilidades fiscais – maiores gastos públicos, diminuição de impostos ou uma combinação desses dois tipos de ação. A recomendação só vale, naturalmente, para governos em condições de afrouxar suas políticas. Não é, obviamente, o caso do governo brasileiro.

No Brasil, o estímulo oficial de efeito mais rápido deve continuar sendo proporcionado pela política monetária e pela ampliação dos canais de financiamento. O Executivo ainda terá muito trabalho para consertar as finanças oficiais e para controlar a relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto. Essa relação se manteve por vários meses, no ano passado, perto de 80%. A redução dos juros básicos, iniciada no fim de 2016, contribuiu para atenuar o custo da dívida e limitar a expansão do passivo do setor público.

Também por isso é importante a manutenção de juros básicos moderados no Brasil. Dinheiro mais barato é importante, no caso brasileiro, para animar a economia, como na maior parte do mundo, e também para limitar o custo e a expansão da dívida pública. O afrouxamento da política monetária acaba servindo, portanto, como elemento auxiliar do ajuste fiscal. Essa possibilidade depende de uma inflação contida em níveis toleráveis.

A economia americana cresceu em 2019, segundo a estimativa inicial, 2,30%, a mesma taxa calculada pelos técnicos do FMI. O governo apresentará mais duas estimativas, baseadas em dados mais amplos, e números diferentes poderão surgir. O crescimento agora estimado foi menor que o de 2018 (2,90%). Se a desaceleração continuar, como se prevê, os dirigentes do Fed terão motivos para manter os juros baixos. Menor dinamismo americano pode ser ruim para o Brasil, mas um aumento de juros pelo Fed poderia criar sérios incômodos a curto prazo. Mais seguro, de toda forma, é o governo brasileiro apressar o cumprimento de sua agenda.

Juros baixos no mundo rico – uma boa notícia para o Brasil – continuam garantidos pelos bancos centrais das maiores economias capitalistas. Dinheiro barato nos principais mercados ajuda a manter a política de estímulo ao crescimento brasileiro. Em Brasília, o Banco Central (BC) decidirá nesta semana se a taxa básica, a Selic, permanecerá em 4,50% pelos 45 dias seguintes. Há quem aposte em mais um corte, para 4,25% ou até para 4%. Nenhuma aposta é segura, porque o quadro internacional é menos claro do que parecia na virada do ano e há mais dúvidas sobre as condições da economia dos Estados Unidos. Um novo fator de insegurança, a nova epidemia chinesa, complica a avaliação das perspectivas globais. As preocupações quanto aos efeitos do coronavírus, ainda imprevistos, foram mencionadas na quarta-feira e na quinta-feira passadas pelos presidentes do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e do Banco da Inglaterra, Mark Carney.

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