Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quarta, 25 de novembro de 2020

JOFRAN FREJAR: COMOÇÃO NO ADEUS

Jornal Impresso

DESPEDIDA
 
Comoção no adeus a Frejat
 
Cerca de 300 pessoas foram ao cemitério Campo da Esperança, ontem, para prestar homenagens ao político. O ex-secretário de Saúde do DF e ex-deputado federal morreu, na segunda-feira, aos 83 anos

 

» BÁRBARA FRAGOSO

Publicação: 25/11/2020 04:00

Familiares e amigos rememoraram legado do médico cirurgião; corpo seguiu para crematório em Valparaíso (GO) (Minervino Júnior/CB/D.A Press)  

Familiares e amigos rememoraram legado do médico cirurgião; corpo seguiu para crematório em Valparaíso (GO)

 


Criador de imunizante contra a pólio, o médico Albert Sabin (E) em campanha de vacinação a convite de Frejat (D), nos anos 1980 (Arquivo/GDF)  

Criador de imunizante contra a pólio, o médico Albert Sabin (E) em campanha de vacinação a convite de Frejat (D), nos anos 1980

 



Sentimentos de gratidão e de saudade marcaram as inúmeras homenagens de familiares e amigos a Jofran Frejat. O piauiense de 83 anos, ex-deputado federal e ex-secretário de Saúde do Distrito Federal, morreu na noite de segunda-feira, devido a um câncer no pulmão diagnosticado no mês passado. Cerca de 300 pessoas participaram da cerimônia de despedida dele, na tarde de ontem, no Cemitério Campo da Esperança. Após o velório, o corpo seguiu para o crematório Jardim Metropolitano, em Valparaíso (GO).
 
}Frejat estava internado em um hospital particular da Asa Sul havia 15 dias. Pessoas mais próximas não conseguiram conter a emoção durante o velório. Em meio a lágrimas, Graziela Frejat, filha do político, contou que o pai, além de “um homem público especial”, era maravilhoso. “É uma perda muito grande. Ele era muito protetor, amigo, carinhoso e amoroso. A família inteira o acompanhava no hospital, incluindo mulher, filhos, sobrinhos e amigos. Formou-se uma corrente muito grande de ajuda. Esses últimos 20 dias foram muito sofridos”, lamentou.
 
Sobrinha de Jofran, Adélia Frejat lembra-se do período em que acompanhou o tio de perto, a partir de 1986. “Uma parte da gente foi embora. Ele deixa um legado incrível e importantíssimo. Tinha muito compromisso com a saúde e preocupava-se com a pública. Consola a família saber que ele foi uma pessoa competente”, desabafou.
 
Presente à cerimônia, o vice-governador do Distrito Federal, Paco Britto (Avante), comentou que o médico era um exemplo a ser seguido por toda a população do DF. “Estou muito triste. Perdi um amigo que participou da minha vida pública desde o começo, ao lado de Joaquim Roriz. Ele sempre estava pautado com as próprias ideias, independentemente de partido. E colocava a opinião dele. Desejo à família muito conforto, sabendo que ele está ao lado de Deus”, afirmou Paco.
 
Legado 
 
Fundador da Escola Superior de Ciência da Saúde (Escs), mantida pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), Frejat também recebeu homenagem do professor Aloísio Bonavides Júnior, da comunidade acadêmica. “No último suspiro, a doença fez a batuta cair das mãos, mas a bela música dele será ouvida por gerações de colegas que surgirão no futuro. O homem foi, a obra é entérica”, declarou Aloísio.
 
A trajetória de Frejat agrega mais de 40 anos de dedicação à saúde e à política. Na carreira, atuou como secretário de Saúde — nos governos de Aimé Lamaison e Joaquim Roriz — e cinco vezes como deputado federal, inclusive durante a Assembleia Constituinte. Como cirurgião e gestor, Jofran tornou-se referência em hospitais da capital do país. A médica sanitarista Mariângela Cavalcante, que trabalhou com ele a partir de 1981, destacou que o colega prezava pelo bem comum. “Recebi a notícia com muita tristeza. Perdemos um grande homem, sério, competente, honesto e com muita ética. Ele era comprometido com o setor público e não desprezava o setor privado”, frisou Mariângela.
 
Ao ingressar na Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro, Frejat mudou-se para a capital carioca em 1957. Passou a morar em Brasília depois de concluir o curso, em 1962. Atuou como diretor do Instituto Médico-Legal (IML) de Brasília entre 1973 e 1979. No ano seguinte, foi nomeado para o cargo de secretário de Saúde do Distrito Federal, no governo de Aimé Lamaison (1979-1982), função que ocupou até 1983. Assumiu a pasta do DF por quatro vezes, entre 1979 e 2002.
 
Colaboraram Ana Maria Campos e Washington Luiz


"Deixo meu pesar pela perda do médico e defensor da saúde pública. Sempre estivemos juntos à frente de muitas lutas, mantendo o respeito e a amizade.”
 
Agnelo Queiroz, 
ex-governador do DF


"Frejat sempre teve retidão, sempre olhou para o próximo. Na rede pública de saúde, tudo o que a gente ainda tem na cidade de forma organizada é graças a ele.”
 
Izalci Lucas, senador (PSDB)


"Moramos juntos na Vila Planalto. Tinha uma cerca que dividia as duas casas. Nossa amizade vem daí. Ele deixou um legado de muito trabalho e de muito respeito.”
 
José Roberto Arruda, 
ex-governador do DF

 


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