Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Cícero Tavares - Crônicas e Comentários quarta, 18 de maio de 2022

JOÃO BAXIN E AS URNAS ELETRÔNICAS EM RIBEIRÃO (2004)

 

JOÃO BAXIN E AS URNAS ELETRÔNICAS EM RIBEIRÃO (2004)

Cícero Tavares

 

 

Imagem das primeiras urnas eletrônicas fabricadas no Brasil

 

Em 2004 João Baxin se arvorou a ser candidato a vereador depois de mais de vinte anos afastado do município ribeirense. Sequer se lembrava mais dos nomes dos amigos de infância e adolescência. Uma lástima!

Seu Zezé, o pai dele, de cara, foi contra a ideia:

– Você tá lôco, rapaz! Depois de mais de vinte anos afastado de Ribeirão, sem conhecer mais ninguém no município da sua época, sem preparar uma base eleitoral sólida! Liso! Você vai levar fumo até desses pinguços da Praça 69!

Mas João Baxin, empolgado, não desistiu do sonho tresloucado, nem ouviu os conselhos do Velho Zezé. Criou endereços fictícios para transferir domicílios eleitorais dos irmãos e colegas da Capital, se endividou com empréstimos tirados em vários bancos, fez uma campanha política entusiasmada e no dia das eleições nem o nome dele apareceu na tela do microonda do TRE.

Decepcionado com o pleito, que chamou de “trambicagem das urnas,” entrou no bar o “Petisco de Zefa,” tomou duas garrafas de aguardente “Cachaça da Sogra” e, aos “intrupicões,” dirigiu-se até ao Clube Vassourinha do centro do município, local onde estava o “coletor eletrônico de voto.”

Quando percebeu que não havia recebido nenhum voto de fato, sequer tinha sido registrado seu nome no sistema, como candidato a vereador, e dos eleitores transferidos, correu para a mesa de apuração e bradou, bêbado:

– Essas porras dessas urnas eletrônicas são falsas! São artimanhas desses comunistas safados, felas da puta, para ludibriarem o sistema e arrombar os candidatos fudidos que não compartilham com essas “escandilices” do comunismo que quer escravizar a gente.

Passados mais de dezoito anos do pleito, hoje João Baxin é comunista ferrenho, defensor fervoroso das urnas de Barroso e Cia e seguidor fiel do chefão da seita petista!

Mudaram as urnas eletrônicas ou mudou João Baxin?


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