Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão quarta, 27 de fevereiro de 2019

JEAN WYLLYS É ALVO DE PROTESTO EM EVENTO NA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

 

Jean Wyllys é alvo de protesto em evento na Universidade de Coimbra

Manifestantes do Partido Nacional Renovador, de Portugal, tentaram atirar três ovos no ex-deputado durante conferência

Samira Galli, Especial para o Estado

26 de fevereiro de 2019 | 21h27

 COIMBRA – O ex-deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) foi alvo de manifestações de militantes do Partido Nacional Renovador (PNR), de Portugal, na tarde desta terça-feira, 26, em um evento em Coimbra. Convidado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra para participar de uma conferência, Wyllys já havia iniciado o debate quando dois homens se levantaram da plateia e tentaram acertá-lo com três ovos.

 

Jean Wyllys em Coimbra
O ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) em evento na Universidade de Coimbra, onde manifestantes tentaram atingí-lo com ovos
Foto: Samira Galli/Estadão

Aberta ao público, a conferência estava lotada, com centenas de pessoas do lado de fora. A agressão aconteceu quando o ex-deputado falava sobre crimes de homofobia e criticava o atual governo brasileiro. 

 “As pessoas não se importaram com o insulto que Jair Bolsonaro fez à minha pessoa lá na Comissão de Direitos Humanos, porque a homofobia é social e naturaliza a violência contra as pessoas LGBTs. A homofobia é institucional e, por isso, todas as violências praticadas contra a comunidade LGBT no Brasil, principalmente as lências letais, não despertam...”, dizia o ex-deputado, quando foi interrompido pela ovada. 
 

Os agressores foram imobilizados pelos seguranças do eventos e expulsos do local. “Eu gostaria de dizer para esses sujeitos - que no lugar de um ovo, poderiam ter mandado um tiro - que nós estamos atentos e fortes”, provocou Jean Wyllys, que foi protegido da “ovada” pelo segurança de sua escolta pessoal.

 

Segurança do ex-deputado Jean Wyllys sobe em palco de auditório da Universidade de Coimbra após manifestantes tentarem
acertá-lo com ovos Foto: Samira Galli/Estadão

O PNR, partido nacionalista de direita, realiza manifestações contra Jean Wyllys desde que a presença do ex-deputado em Portugal foi divulgada. Por esse motivo, ativistas de partidos de esquerda, como o Bloco de Esquerda e o Movimento Alternativa Socialista (MAS) - além de alguns movimentos, como a Frente Unitária Antifascista (FUA) e a Frente de Imigrantes Brasileiros Antifascistas do Porto (Fibra) -, mobilizaram-se em defesa do ex-deputado. 

A situação gerou confronto do lado de fora do evento, em frente à Universidade. As manifestações seguiram pacíficas na maior parte do tempo. A polícia precisou intervir após um manifestante do PNR ser atingido por uma lata de purpurina. Ninguém foi preso. Membros do PNR, que eram minoria, foram retirados do local pelos policiais. 

A conferência em Coimbra foi a primeira atividade pública de Jean Wyllys em Portugal. O tema era "Discursos de ódio e fake news da extrema direita e seus impactos nos modos de vida de minorias sexuais, étnicas e religiosas – o caso do Brasi”. Jean Wyllys deixou o Brasil após abdicar de seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados e alegar que sofria ameaças de morte no País.


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