26 de fevereiro de 2019 | 21h27
Aberta ao público, a conferência estava lotada, com centenas de pessoas do lado de fora. A agressão aconteceu quando o ex-deputado falava sobre crimes de homofobia e criticava o atual governo brasileiro.
Os agressores foram imobilizados pelos seguranças do eventos e expulsos do local. “Eu gostaria de dizer para esses sujeitos - que no lugar de um ovo, poderiam ter mandado um tiro - que nós estamos atentos e fortes”, provocou Jean Wyllys, que foi protegido da “ovada” pelo segurança de sua escolta pessoal.
O PNR, partido nacionalista de direita, realiza manifestações contra Jean Wyllys desde que a presença do ex-deputado em Portugal foi divulgada. Por esse motivo, ativistas de partidos de esquerda, como o Bloco de Esquerda e o Movimento Alternativa Socialista (MAS) - além de alguns movimentos, como a Frente Unitária Antifascista (FUA) e a Frente de Imigrantes Brasileiros Antifascistas do Porto (Fibra) -, mobilizaram-se em defesa do ex-deputado.
A situação gerou confronto do lado de fora do evento, em frente à Universidade. As manifestações seguiram pacíficas na maior parte do tempo. A polícia precisou intervir após um manifestante do PNR ser atingido por uma lata de purpurina. Ninguém foi preso. Membros do PNR, que eram minoria, foram retirados do local pelos policiais.
A conferência em Coimbra foi a primeira atividade pública de Jean Wyllys em Portugal. O tema era "Discursos de ódio e fake news da extrema direita e seus impactos nos modos de vida de minorias sexuais, étnicas e religiosas – o caso do Brasi”. Jean Wyllys deixou o Brasil após abdicar de seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados e alegar que sofria ameaças de morte no País.