Janelas, mantenho-as sempre abertas. Escancaradas. Outras, abro-as apenas de quando em vez. Janelas de sóis, de sonhos e de pássatos nunca fazem mal, assim como as das ilusões, das boas ilusões e, principalmente, a janela do amor. Esta, nunca a fecho. Apenas a janela da dor, deixo-a fechada, sempre. Não quero com ela intimidades, tampouco descobrir o que se esconde atrás de suas frestas misteriosas e sombrias. É tudo escuro, sem luz, de uma negritude plena e profunda. Prefiro, então, pintá-la de uma amarelo claro que me agrade a vista e a alma, sempre que a avistar. Fechada, sem brechas.
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