Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão quarta, 10 de abril de 2019

ISRAEL: NETANYAHU RUMA PARA O QUINTO MANDATO

 

Em eleição com poucos votos árabes, Netanyahu ruma para quinto mandato

Em disputa equilibrada com Benny Gantz, que teve adesão de moderados, premiê tende a conseguir mais apoio de partidos pequenos para formar coalizão

Cristiano Dias, enviado especial a Jerusalém, O Estado de S.Paulo

09 de abril de 2019 | 16h23 
Atualizado 10 de abril de 2019 | 00h46

 

JERUSALÉM  - O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, ficou nesta terça-feira mais perto de ser reeleito para um quinto mandato em Israel. Nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (início da madrugada no Brasil), com 99% das urnas apuradas, o Likud, partido do premiê, e o Azul e Branco, do general Benny Gantz, estavam empatados, com 35 cadeiras cada um. Bibi, no entanto, aparece em vantagem quando somada a coalizão de pequenos partidos, que lhe dariam entre 65 e 67 deputados dos 120 do Parlamento.

Netanyahu
 
Ao lado de sua mulher, Sara, Netanyahu festeja os primeiros resultados da eleição Foto: Thomas COEX / AFP

Apesar do dia de sol na maior parte do país e do clima de feriado, que tirou muita gente de casa, a eleição foi marcada pelo baixo comparecimento dos árabes-israelenses, que reúnem cerca de um quinto da população. Um pouco mais de 46% deles votaram nesta terça-feira, bem abaixo dos 63,5% registrados nas últimas eleições, em 2015. A participação eleitoral geral foi de 67,9%. 

Segundo analistas, a ausência árabe é um reflexo de frustração. “A frustração é com a atuação dos atuais deputados árabes, que não conseguiram responder às necessidades dos eleitores e com a fragmentação da Lista Árabe Unida, que antes dava uma sensação maior de poder”, disse a consultora Lily Galili. A lista era uma constelação de pequenos partidos que costumavam disputar a eleição em bloco, mas que agora se dividiram em dois grupos.

“Os árabes-israelenses não acreditam que os partidos árabes divididos tenham alguma efetividade no Parlamento”, afirmou o analista Mohamed al-Kassim. Em 2015, a Lista Árabe Unida elegeu 16 deputados. Agora, serão 10.

A sensação de desânimo, segundo árabes-israelenses consultados pelo Estado, também tem relação com a chamada Lei do Estado-Nação, aprovada em julho do ano passado. O texto determina que Israel é um Estado exclusivamente judeu, que tem como sua única capital “Jerusalém unificada” e apenas o hebraico é a língua oficial.

Muitos árabes-israelenses, especialmente os jovens, passaram a se sentir “cidadãos de segunda classe”. Alguns criticaram especialmente o general Gantz, que nunca se refere à minoria como “árabes”, mas sim como “o setor não judeu” da sociedade.

Logo após a divulgação dos primeiros resultados, Bibi se dirigiu a seus eleitores e se mostrou confiante de que formará o novo governo.

Nesta terça-feira, o partido de Netanyahu foi acusado de suprimir ainda mais o voto árabe. O Likud colocou 1.300 câmeras ocultas em centros de votação de árabes-israelenses – algumas entraram escondidas no corpo dos correligionários do premiê. 

A iniciativa foi criticada por opositores, que acusam Netanyahu de tentar intimidar a população. O primeiro-ministro israelense defendeu a filmagem das seções eleitorais e afirmou que deveria haver câmeras para “garantir um voto justo”.

Disputa.

As seções eleitorais fecharam às 21 horas (18 horas em Brasília). Uma hora depois, as três principais TVs de Israel divulgaram pesquisas de boca de urna. Os números eram parecidos: Gantz e Netanyahu disputavam a liderança voto a voto, mas o grupo político do premiê, a chamada “direita religiosa”, faria mais deputados.

A decisão sobre quem terá a prerrogativa de formar um governo primeiro cabe ao presidente israelense, Reuven Rivlin. Ele pedirá que os partidos que elegeram deputados indiquem quem apoiam para o cargo de primeiro-ministro. Quando obtiver uma resposta, o presidente escolhe o líder do partido para tentar formar uma coalizão de governo.

Sem um vencedor claro, as legendas nanicas ganharam ontem um protagonismo inesperado e seus líderes se tornaram fiéis da balança. Dois partidos da coalizão de Bibi, o Shas e o Yahadut Hatorah (UTJ), ambos religiosos ultraortodoxos, disseram que receberam ligações de representantes do Azul e Branco, partido de Gantz. No entanto, seus líderes, ‎Aryeh Deri (Shas) e ‎Yaakov Litzman (UTJ) juraram fidelidade a Netanyahu.

O ministro das Finanças, Moshe Kahlon, líder do Kulanu, partido de centro, e o ex-ministro da Defesa Avigdor Liberman, do partido Yisrael Beytenu, disseram que esperarão a conclusão da apuração para anunciar apoio – embora seja quase consensual que eles também ficarão com Netanyahu.  


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