Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense terça, 30 de abril de 2019

IRMÃS XIFÓPAGAS: AGORA, UNIDAS PELO AMOR

 


A HISTóRIA DE LIS E MEL
 
 
Agora, unidas pelo amor
 
A delicada cirurgia de separação das gêmeas siamesas foi a primeira realizada em Brasília e a décima em todo o mundo

 

» JÉSSICA EUFRÁSIO

Publicação: 30/04/2019 04:00

Lis e Mel foram separadas depois de 
20 horas de operação. Médicos do Hospital da Criança detalharam todo o processo (Carlos Vieira/CB/D.A Press)  

Lis e Mel foram separadas depois de 20 horas de operação. Médicos do Hospital da Criança detalharam todo o processo

 


Médicos, enfermeiros e dezenas de outros profissionais de saúde com anos de experiência celebraram o sucesso de uma cirurgia inédita no Distrito Federal. As gêmeas siamesas Lis e Mel foram separadas, no último sábado, após 20 horas na mesa de operação e se recuperam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança de Brasília José de Alencar (HCB). A coletiva de imprensa na unidade de saúde rendeu momentos de emoção dos médicos e agradecimento dos pais, a consultora Camila Vieira Neves, 25 anos, e o supervisor comercial Rodrigo Martins Aragão, 30.
 
O procedimento para separar as duas crianças — unidas pelo crânio (craniópagas) — trata-se do 10º realizado em todo o mundo. A cirurgia pela qual as meninas de 10 meses passaram, no último fim de semana, envolveu cuidado intenso e uma carga emocional acumulada durante quase um ano de acompanhamento. A operação se dividiu em 36 etapas, e o HCB é o terceiro hospital do país onde isso ocorreu.

 (Humberto Souza/ Divulgação/Hospital da Criança)  
O trabalho de separação das irmãs exigiu o esforço direto de 50 profissionais, incluindo três médicos e duas enfermeiras do The Children’s Hospital at Monte Fiore, em Nova York, nos Estados Unidos, convidados a participar e prestar apoio, como consultores, durante a cirurgia. O grupo tem bagagem ampla em casos como esse e acompanhou os outros nove executados em todo o planeta. Gêmeos siameses craniópagos são extremamente raros e têm incidência de um a cada 2,5 milhões de nascimentos.
 
As meninas foram diagnosticadas durante a 10ª semana de vida. A partir do momento em que o neurocirurgião do HCB Benício Oton descobriu que seria possível separá-las, ele deu início ao processo de escolha do time que o acompanharia na missão. Foram meses de preparo para os dois procedimentos, sendo que o primeiro ocorreu em 26 de janeiro. “A família e o HCB abraçaram a ideia. Então, saímos atrás de pessoas (equipe médica) que tinham capacidade de fazer isso”, disse o especialista.

 (Humberto Souza/ Divulgação/Hospital da Criança)  
Conhecimento
Convidado pessoalmente por Benício, o anestesiologista Luciano Fares recebeu uma caixa com os moldes do crânio de Lis e Mel e topou o desafio. “A gente tinha de resolver isso, e a primeira coisa necessária era conhecer as meninas, planejar e buscar conhecimento”, comentou Luciano, que mencionou a escassez de bibliografia a respeito dessa condição médica. “Nossa dica para fazer a anestesia estava ao olharmos para elas: se não nos uníssemos, não teríamos como separá-las, e o hospital é famoso por essa união”, completou Luciano.

 (Humberto Souza/ Divulgação/Hospital da Criança)  
A história das crianças envolveu, ainda, empresas privadas, que doaram insumos necessários ao procedimento. Uma delas forneceu os moldes em três dimensões personalizados e usados nos ensaios teóricos e práticos da equipe médica. Na tarde de ontem, vestido com camisetas em homenagem às crianças, o cirurgião plástico Ricardo de Lauro comentou sobre a relação com as meninas. “Na Ala de Queimados do Hospital Regional da Asa Norte, onde também trabalho, encontro muitas crianças em situação grave, mas aprendemos a separar (da vida pessoal). Ainda assim, existe um amor que criamos com pacientes. Não tem como”, disse Ricardo.
 
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