Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo sábado, 11 de janeiro de 2020

IRÃ ADMITE QUE DERRUBOU AVIÃO DA UCRÂNIA POR ERRO HUMANO

 

Irã admite que derrubou avião da Ucrânia 'por erro humano'

Segundo comunicado militar, Boeing foi confundido com 'alvo inimigo' ao voar sobre base da Guarda Revolucionária; chanceler e presidente pedem desculpas por 'erro imperdoável'
 
 
 
 

TEERÃ — Depois de dois dias de negativas, o Irã admitiu na manhã deste sábado em Teerã (início da madrugada no Brasil) que derrubou "por erro humano" o Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines que caiu perto de Teerã na quarta-feira com 176 pessoas a bordo. Na quinta-feira, os governos dos Estados Unidos, do Canadá e do Reino Unido haviam levantado essa possibilidade, citando informações de inteligência.

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, disse, pelo Twitter, que o país "lamenta profundamente" o incidente, que chamou de "grande tragédia" e "erro imperdoável". "A investigação interna das Forças Armadas concluiu que lamentavelmente mísseis lançados por erro humano causaram o impacto terrível no avião e a morte de 176 pessoas inocentes", afirmou Rouhani.

"Um dia triste. Conclusões preliminares de uma investigação interna das Forças Armadas: um erro humano em tempo de crise causada pelo aventureirismo americano levou ao desastre. Nossas profundas condolências e pedidos de desculpas ao nosso povo, às famílias das vítimas e às outras nações afetadas", escreveu o chanceler do país, Javad Zarif, também pelo Twitter.

O comunicado divulgado pelos militares iranianos afirmou que o o avião "assumiu a posição de voo e a atitude de um alvo inimigo" ao se aproximar de uma base da Guarda Revolucionária. "Nessas circunstâncias, por causa de erro humano", o avião "ficou sob fogo", disse o comunicado.

O texto acrescentou que a pessoa responsável por derrubar o avião seria legalmente responsabilizada, e que os militares fariam "uma grande reforma operacional de todas as forças armadas" do país para garantir que o erro não se repita. A nota disse ainda que oficiais da Guarda Revolucionária iriam à TV para dar uma explicação completa sobre o ocorrido.

 

Na sexta-feira, o governo iraniano havia informado que faria um comunicado neste sábado sobre a tragédia, depois de uma reunião da Comissão de Investigações de Acidentes, que contou com representantes de outros países que tinham cidadãos no voo, incluindo investigadores ucranianos que estão no Irã desde quinta-feira.

O Boeing 737-800 da empresa ucraniana deixou o aeroporto de Teerã-Imã Khomeini às 6h12 de quarta-feira pelo horário local (23h42 de terça-feira no Brasil), com 176 pessoas a bordo. Pouco mais de dois minutos depois, a aeronave desapareceu dos radares, e caiu às 6h18 em um terreno nos arredores da capital iraniana. Ninguém sobreviveu.

Cinco horas antes da queda do avião, o Irã lançou uma série de mísseis contra posições americanas no Iraque, uma retaliação ao assasinato do general Qassem Soleimani, morto por um drone dos EUA quando saia do aeroporto de Bagdá no dia 3 de janeiro.

Nas redes sociais, muitos iranianos que dias antes haviam se reunido para lamentar a morte de Soleimani começaram a expressar raiva dos militares. "Supunha-se que eles se vingariam dos Estados Unidos, não do povo", disse a jornalistab Mojtaba Fathi.

Segundo disseram na  quinta-feira fontes da inteligência americana, teriam sido disparados dois foguetes do sistema de defesa SA-15, de fabricação russa e que estariam posicionados perto do aeroporto. As suspeitas haviam sido reforçadas pelo premier canadense Justin Trudeau no mesmo dia: ele disse que os indícios apontavam que o avião foi abatido por um míssil iraniano terra-ar. Ainda na quinta, o governo do Irã chamou especialistas do Canadá e da Junta Nacional de Transportes dos EUA para participar das investigações.

 

Segundo a contabilidade da Ucrânia, havia 82 iranianos, 63 canadenses, dez suecos, quatro afegãos e três britânicos a bordo do Boeing. Outros 11 eram ucranianos, incluindo nove tripulantes.

A autoridade de aviação iraniana, por sua vez, informou que 146 passageiros tinham passaporte iraniano; 10, passaporte afegão; cinco, passaporte canadense; quatro, sueco; e 11, ucraniano. A diferença na contabilização ocorre porque muitos dos passageiros tinham dupla nacionalidade, e entraram no Irã com seu passaporte do país.

No dia do acidente, as autoridades de aviação iranianas haviam sustentado que o avião caiu por causa de uma falha técnica. Os primeiros rumores de que o Boeing poderia ter sido abatido por engano começaram dentro do Irã. Cidadãos do país questionavam por que o tráfego aéreo não havia sido interrompido depois que a Guarda Revolucionária realizou o ataque às bases no Iraque que abrigam soldados dos EUA.


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