Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense segunda, 09 de agosto de 2021

IPÊS: BRASÍLIA AMARELOU

Jornal Impresso

A cidade amarelou
 
Floração do ipê atrai apreciadores da natureza e deixa a capital de roupa nova mesmo na seca

 

» Eduardo Fernandes*

Publicação: 09/08/2021 04:00

Já é tradição na capital a busca por imagens dos ipês floridos. Brasilienses saem as ruas para registrar essa época do desabrochar dessas árvores encantadoras (Minervino Júnior/CB/D.A Press)  
Já é tradição na capital a busca por imagens dos ipês floridos. Brasilienses saem as ruas para registrar essa época do desabrochar dessas árvores encantadoras
O ipê é uma das árvores que mais encantam o cotidiano dos brasilienses. Eles colorem e embelezam a rotina apressada daqueles que saem para o trabalho todos os dias. É difícil encontrar alguém que não tenha fotos ou que consiga não parar para contemplar a beleza do ipê, uma marca registrada em Brasília. Neste início de agosto, a capital é agraciada pela floração do ipê-amarelo, que apesar da paisagem seca, ele enobrece com uma cor vibrante as vias do Distrito Federal.
 
Diante de um ipê solitário, mas radiante, do Park Way, uma família estaciona o carro para apreciar e tirar fotos. Apaixonada por ipês, Iradene Maria Nascimento Lima, 44 anos, não perde a oportunidade de captar imagens. O primeiro a aparecer foi o roxo, e a vendedora conta que já fez a foto do ano com ele. Agora chegou a vez do amarelo. Iradene estava encantada com a floração. “É só uma vez que florescem ao ano e vêm com tantas cores exuberantes. Se tem uma coisa que a pandemia não consegue parar, é com a beleza da natureza”, comenta Iradene.
 
A filha, Hadassa Nascimento, 22, conta que poder estar ao ar livre com a presença desses ipês traz calmaria para o atual momento. “A gente está vivendo um momento muito difícil em que precisa estar preso dentro de casa. Ver essas belezinhas de cores tão vibrantes é o que nos é permitido fazer. Sinto que traz alegria para os meus dias”, destaca.
 
Rebecca Conceição, 23, moradora de Samambaia Sul, também tem o hábito de sempre fotografar ipês quando os encontram. “Nunca perco uma oportunidade de registrá-los, principalmente porque eles ficam floridos por pouquíssimos dias no ano”, diz ela, que ama passear pelas ruas da cidade e ver a conexão da natureza com a bela arquitetura de Brasília.
 
Para ela, essa época do ano é encantadora. Rebecca acredita que a beleza da árvore transforma o nosso dia a dia, o deixando melhor e mais bonito. “Os ipês-amarelos me fazem lembrar que, mesmo em meio a tantas dificuldades e sofrimentos, nós podemos desfrutar de alegrias, de bons momentos. Principalmente porque ele floresce justamente no período onde tudo deveria estar seco e sem vida, que é o inverno”, destaca.


 (Minervino Júnior/CB/D.A Press)  


 (Minervino Júnior/CB/D.A Press)  


 (Minervino Júnior/CB/D.A Press)  



Sequência
 
A floração do ipê-amarelo dura em média de duas a três semanas. A engenheira agrônoma, Carmen Regina Correia, 62, explica que esse processo acontece ao mesmo tempo que o dos demais ipês, exceto o do branco, que é mais rápido e que também é o último a florir. Carmen ressalta que eles aparecem na sequência dos roxos e que o amarelo pode continuar florindo até setembro. “Este ano floriu pouco ainda, sendo que o rosa, que vem depois dele, está florindo intensamente agora, antes da maior intensidade do amarelo”, pontua.
 
A engenheira destaca que a dispersão das sementes dos ipês ocorrem pelo vento. Segundo ela, os frutos se abrem presos à planta e as sementes aladas são levadas pela ventania. Carmen afirma que a germinação da árvore não demora muito, dura até uma semana, se as sementes forem novas. Se as sementes forem mais velhas, podem demorar mais para germinar.
 
Arborização
 
Segundo a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), quem deseja fazer o plantio da árvore em espaço público, deve solicitar à empresa, pois em acordo com o decreto 39.469/2018, ela é a responsável pelo manejo e plantio da arborização no Distrito Federal. Mas, atualmente, a Novacap suspendeu a venda de árvores, no momento eles afirmam que toda a produção será destinada ao programa de arborização 2021/2022. A empresa também ressalta que não faz doação de mudas.
 
Para esse programa, que começa ainda esse ano e se estenderá até o próximo, será plantado em todo DF 100 mil mudas de árvores, sendo deste total 40 mil ipês de cores variadas. Estima-se que na capital federal tenham mais de 230 mil ipês plantados, sendo deste total 30% amarelo, a maioria localizada no Plano Piloto.
 
E para quem é apaixonado pelo ipê-amarelo, foi lançado neste ano o aplicativo Ipês. Feito para facilitar a vida de quem é apreciador da árvore, além de informar sobre a floração, ele mapeia e ajuda o usuário a chegar aos locais onde o ipê se encontra. O serviço é gratuito e está disponível para celulares com tecnologia Android e IOS.
 
*Estagiário sob a supervisão de José Carlos Vieira

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