Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense terça, 23 de agosto de 2022

IPÊS: AGORA É A VEZ DE APRECIAR A BELEZA EFÊMERA DO IPÊS BRANCOS DA CIDADE
 

Agora é a vez de apreciar a beleza efêmera dos ipês brancos da cidade

No auge do período de seca em Brasília, os ipês brancos começam a aparecer e encantam os moradores do Distrito Federal. São sortudos os que encontram nas ruas as árvores, raras e de curto período de floração

IB
Isabela Berrogain
postado em 23/08/2022 06:00 / atualizado em 23/08/2022 06:04
 
 
 
 (crédito: Márcia Machado)
(crédito: Márcia Machado)

Durante a seca, a cidade de Brasília torna-se mais bonita da noite para o dia. Isso ocorre graças ao floreamento dos ipês brancos, os mais raros de serem encontrados na cidade. Além de estarem em poucos lugares, o período de floração destas árvores as tornam mais especiais ainda: os ipês brancos exibem suas flores por até, no máximo, quatro dias. Os sortudos encontram as árvores por coincidência na rua e os apaixonados por ipês realizam uma verdadeira caçada para achar e contemplar a beleza pálida desta florada.

Após mapear os principais pontos em que os ipês estavam floreando através de postagens no Instagram, Beatriz saiu de carro pela Asa Sul e pela Asa Norte fotografando as árvores mais bonitas e documentando os locais onde as encontrou. "Foi muito gostoso. Foi um tempo que eu passei admirando mesmo os ipês. Eu saí de casa, tomei Sol, admirei as flores. Não é todo dia que você pode fazer isso, sair de casa para admirar uma flor", pontua. "Eu acho que os ipês chamam tanta atenção aqui, porque Brasília não é necessariamente conhecida pela vegetação, ela é conhecida pela arquitetura, pelo urbanismo. Aí quando a gente vê algo na cidade que talvez seja tão chamativo quanto os monumentos e não é algo feito pelo ser humano, é da natureza, eu acho que comove um pouco", opina.

Pensando em pessoas como Beatriz, que procuram ipês por Brasília, a bióloga Paula Ramos Sicsú criou o aplicativo Ipês, disponível para Android e iOS. "O principal motivo que me fez criar o aplicativo foi a necessidade. Eu gosto muito de admirá-los, de fazer registros deles e eu sentia muita falta de ter um local em que eu pudesse descobrir onde tem ipê, se ele está florido, se está situado em um local de fácil acesso", explica Paula. O intuito da ferramenta é compartilhar informações sobre as árvores ao redor do Distrito Federal, como floração, localização, para facilitar a visita dos demais cadastrados na plataforma.

No aplicativo, os brasilienses também podem dividir fotos e dicas para os visitantes. "Eu acho que apreciar ipês é um hábito nacional e principalmente local. Então é legal ter um ambiente para centralizar essas informações, um espaço em que todo mundo possa acessar e contribuir para gerar essas informações", opina. Para a bióloga, a ferramenta é uma forma de ajudar os amantes da espécie mais amada pelos moradores do DF. "É muito evidente que não existe nenhuma outra árvore que suscite o interesse e a mobilização de tantas pessoas, pelo menos aqui em Brasília", diz.

A exuberância continua

Mesmo com a floração branca, a exuberância e a predominância dos ipês amarelos continua pela cidade. Para Natália Magalhães, 23 anos, os ipês amarelos são os mais bonitos por contrastarem com o céu azul de Brasília. "Eu gosto de apreciar os ipês amarelos há muitos anos e, com o tempo, eu percebi a relação que eles têm com a arquitetura e a beleza de Brasília. Para mim, é até estranho pensar que os ipês não estão presentes em todos os meses do ano, porque eles já parecem fazer parte da cidade", relata.

Lina Távora, 41 anos, concorda com a evidência dos ipês amarelos. "A cor se destaca muito, porque dá um contraste com a terra vermelha bem característica de Brasília", avalia. "A cidade fica linda. É interessante, porque na época mais seca, nesse período difícil, o ipê nos mostra que a vida é bonita em todas as formas", complementa. A paixão da mãe passou para os filhos, Raul, 7 anos, e Alice, 10. "Eu já fiz uma pesquisa sobre ipê para a escola. Nos pediram para estudar sobre uma árvore e eu escolhi o ipê, porque eu acho ele muito bonito. O amarelo é meu preferido", afirma Raul. 

 

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