Debaixo de um céu quase azul, com nuvens se desmanchando sobre a plantação, vê-se a ribançã voltando pra casa, de asa molhada. Celebrando sua volta, o homem tira o chapéu, olha pro céu, se benze e agradece a chuva que vai pintar de verde o seu chão. São José atendeu suas preces. Dele e de tantos outros que têm na chuva a esperança d’água. Por isso aquele velho homem sorri. Sua mulher ajuda-o no sorrir e deixa bacias e vasilhas prontas à espera da bendita água que vem daquele céu benditamente escuro. O joelho tantas vezes dobrado, já tão ralado de tanto pedir, outra vez se curvará no piso da igrejinha, desta vez para agradecer. O menino sorri à beira do pote no aguardo do banho de chuva que está por tomar. Água virá. Sedes serão saciadas. O inverno anuncia que está chegando. Será bem recebido. ‘Tá bonito pra chover.